11 agosto, 2025
segunda-feira, 11 agosto, 2025

Assassinato de jornalistas em Gaza repercute no mundo e causa revolta

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A morte de mais um jornalista na Faixa de Gaza ecoa em todo o mundo, ampliando a indignação e a revolta. Nesta segunda-feira (11/8), a confirmação do falecimento de Mohammed al Khaldi elevou para seis o total de vidas perdidas em um bombardeio do Exército israelense, que atingiu uma tenda da imprensa perto de um hospital. Entre as vítimas, estava Anas al Sharif, um destacado correspondente da Al Jazeera, injustamente rotulado de “terrorista” pelo governo de Benjamin Netanyahu.

A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) expressou sua “veemente indignação” diante desses assassinatos. Anas, conhecido por relatar o sofrimento dos palestinos, era um dos rostos mais reconhecíveis no noticiário sobre o conflito. Para Israel, sua presença como jornalista era uma fachada, pois o Exército alegou que ele liderava uma célula terrorista dentro do Hamas, afirmando que sua atuação como repórter servia a fins malignos.

O Sindicato de Jornalistas Palestinos classificou o episódio como um “crime sangrento”, enquanto a RSF chamou atenção para a tragédia maior: cerca de 200 jornalistas perderam a vida em Gaza nos últimos 22 meses. O ataque, que levou à morte de cinco jornalistas da Al Jazeera, foi denunciado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e pelo Catar, chamando-o de “deliberado”.

O caso de Mohammed al Khaldi, um fotógrafo freelancer, foi também confirmado por autoridades locais. No local do ataque, a tenda da imprensa, agora marcada por estilhaços e evidências de violência, reflete o local de um massacre. Os funerais das vítimas, realizados em meio à agitação política da região, revelou a dor coletiva de uma comunidade que chora seus lost e resiste a uma repressão inegável.

Na intenção de controlar a narrativa, o governo israelense anunciou um novo plano para permitir a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza, mas com a condição de que estivessem acompanhados por forças militares. Entretanto, a liberdade de imprensa na região ainda permanece severamente restringida, e as vozes palestinas são silenciadas sob um manto de censura.

As mensagens finais de Anas al Sharif nas redes sociais capturaram a brutalidade do momento, relatando bombardeios intensos que espremeram ainda mais seu último respiro no campo de batalha. A transmissão da Al Jazeera continua proibida em Israel, refletindo uma tentativa de calar os que denunciam a ocupação e a cruzada militar. Este ataque não é apenas um crime contra jornalistas; ele atinge o cerne da liberdade de expressão, um princípio essencial que será sempre defendido.

Que o clamor por justiça não se cale diante do terror. O que você pensa sobre a situação? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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