A prefeita de Washington D.C., Muriel Bowser, não hesitou em classificar a intervenção federal anunciada pelo presidente Donald Trump como “perturbadora”. Essa intervenção inclui o controle da polícia local pela administração federal, além do envio de tropas da Guarda Nacional à capital americana, um tema que gerou calorosos debates.
Em uma coletiva à imprensa, Bowser enfatizou que o chefe de polícia do distrito permanece no comando das operações, destacando sua preocupação com a abordagem de Trump a questões de segurança pública. “Embora esta ação seja perturbadora e sem precedentes, não podemos dizer que estamos totalmente surpresos, dado o tom que dominou a retórica anterior”, declarou.
“Se as pessoas estão preocupadas com a possibilidade do presidente transferir a Guarda Nacional para a nossa cidade, o momento de fazê-lo teria sido quando o Congresso tivesse um projeto de lei que poderia ter dado o controle da Guarda Nacional de Washington a Washington”.
Trump, por sua vez, justificou a intervenção com o objetivo de tornar a cidade “mais segura e mais bonita do que nunca”. Ele apresentou dados questionáveis ao comparar a taxa de criminalidade de Washington D.C. com outras capitais do mundo, incluindo Brasília, errôneamente rotulando a capital brasileira como violenta.
Contrariando a narrativa do presidente, Bowser ressaltou que Washington não enfrenta um pico de criminalidade. Na verdade, ela argumentou que os esforços para implementar leis mais rigorosas resultaram em uma significativa redução nos crimes violentos, que estão nos níveis mais baixos das últimas três décadas.
O anúncio da intervenção federal ocorreu um dia após Trump solicitar que os sem-teto deixassem “imediatamente” a capital. Durante sua coletiva, o presidente afirmou que invocaria a seção 740 da Lei de Autonomia do Distrito de Columbia, colocando o Departamento de Polícia Metropolitana sob controle federal direto e projetando o envio inicial de 800 membros da Guarda Nacional para a cidade na próxima semana.
Com um clima de incerteza pairando sobre a cidade, as ações do presidente revelam tensões entre as autoridades locais e federais que podem moldar o futuro da segurança em Washington. O que você acha dessa intervenção? Compartilhe suas opiniões nos comentários!