Em meio a um cenário de guerra e tensões crescentes, Israel reafirmou, nesta terça-feira (12), que não observa sinais de uma “desnutrição generalizada” na Faixa de Gaza. Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 148 óbitos por desnutrição desde o início de 2025, um argumento que confronta a narrativa israelense. O Ministério da Saúde da Gaza, sob domínio do Hamas, estima que 227 vidas foram perdidas devido à fome, com 103 dessas vítimas sendo crianças.
O Cogat, órgão israelense que supervisiona os assuntos civis nos territórios palestinos, respondeu a estas reivindicações com um “exame exaustivo” dos dados. Segundo o Cogat, há uma “diferença significativa” entre os números fornecidos pelo Hamas e os casos verificados em mídias e redes sociais. O órgão sugere que muitas das fatalidades relatadas estavam associadas a condições de saúde preexistentes, desconsiderando a relação com a nutrição. Ao concluir sua análise, o Cogat denunciou uma “exploração cínica” da situação por parte do Hamas.
Por outro lado, o governo do Hamas reagiu com um comunicado enérgico, classificando as declarações israelenses como uma “tentativa desesperada” de encobrir o que considera uma “fome extrema” enfrentada pela população de Gaza. Conforme já documentado por jornalistas da AFP, cenas de desespero e caos dominam os pontos de distribuição de alimentos, onde milhares de palestinos aguardam ansiosamente por assistência. Jean-Guy Vateaux, chefe de missão da Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Gaza, confirmou que a desnutrição é uma realidade alarmante, afetando rapidamente toda a população.
A complexidade do que ocorre em Gaza exige uma reflexão profunda e um entendimento mais amplo sobre o impacto da guerra na vida das pessoas. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas opiniões nos comentários.