Na noite de terça-feira, 13, o cenário político da Coreia do Sul foi abalado por um evento sem precedentes: Kim Keon-hee, ex-primeira-dama e esposa do ex-presidente Yoon Suk-yeol, foi presa sob graves acusações de corrupção e abuso de poder. O tribunal de Seul emitiu um mandado de prisão, reconhecendo o risco de destruição de provas, o que levou à decisão drástica. As acusações contra ela são sérias, incluindo a suposta manipulação de ações da distribuidora local da BMW, a Deutsch Motors, durante 2009 e 2012, um período que antecedeu o governo de seu marido.
Além do envolvimento em esquemas de manipulação de ações, Kim também é acusada de interferir indevidamente na nomeação de candidatos do Partido do Poder Popular durante as eleições legislativas parciais de 2022. Investigações adicionais apontam que a ex-primeira-dama teria recebido itens de luxo, como um colar de diamantes avaliado em aproximadamente US$ 43.000, em troca de favores comerciais. Ela nega todas as acusações, e este é o primeiro caso registrado de um casal presidencial sul-coreano enfrentando a justiça ao mesmo tempo.
Yoon Suk-yeol, ex-presidente, foi destituído em abril e se encontra sob custódia por insurreição e abuso de poder, após uma tentativa frustrada de impor a lei marcial. Enquanto isso, Kim Keon-hee foi transferida para o Centro de Detenção de Nambu, onde ocupará uma cela individual. O governo está sob pressão, e a equipe do Ministério Público agora tem 20 dias para avançar nos diversos casos que cercam a ex-primeira-dama.
O desprestígio da ex-primeira-dama não é novo. Desde o início do mandato de seu marido, sua imagem esteve em xeque, com rumores de que sua influência na política era tão forte que gerou apelidos a respeito de sua suposta supremacia sobre Yoon. O ex-assistente de Kim, conhecido como o “mordomo” da família, foi preso ao retornar do Vietnã e também enfrenta o revogamento de seus títulos acadêmicos por plágio.
Este drama político em evolução levanta questões profundas sobre a ética no governo e a responsabilidade dos líderes. O que você pensa sobre esses eventos? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre este momento histórico na política sul-coreana.