15 agosto, 2025
sexta-feira, 15 agosto, 2025

Nunes Marques diverge da condenação de Zambelli no caso da arma

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Em um marcante julgamento nesta sexta-feira, 15 de agosto, o ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou uma divergência significativa na condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Embora o plenário já demonstrasse maioria a favor da pena, que previa 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto e a perda do mandato, Nunes Marques opôs-se sem expor seus argumentos.

A situação da deputada é delicada: ela já cumpre uma condenação de 10 anos de reclusão pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e se encontra presa na Itália. O presente julgamento, por sua vez, envolve um incidente em que Zambelli sacou uma arma contra um jornalista em plena via pública durante as eleições de 2022.

Com o voto de Nunes Marques, o placar se estabelece em 6 a 1 em favor da condenação durante a sessão virtual que ocorre até 22 de agosto. O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, teve o apoio de outros ministros, incluindo Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. Mendes, em seu voto, destacou a necessidade de unificação das penas para cada crime, que somam a mencionada condenação.

A ação penal foi desencadeada em agosto de 2023 após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusar Zambelli de perseguir o jornalista Luan Araújo, apoiador da oposição, portando uma arma. O ocorrido se deu em outubro de 2022, nas ruas dos Jardins, um dos bairros mais nobres de São Paulo.

A advogada representando Luan Araújo, Dora Cavalcanti, elogiou o voto de Gilmar Mendes, considerando-o uma reconstituição fiel da violência enfrentada pela vítima. Por outro lado, a defesa de Zambelli reivindica cerceamento de defesa, acirrando o debate em torno deste caso intrinsecamente polêmico.

O que você pensa sobre essa divergência no STF? Deixe seus comentários abaixo e compartilhe sua visão sobre este tenso e importante desdobramento da política brasileira.

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