Durante o evento Bahia Export, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, enfatizou a importância de reunir empresários e representantes de diversos setores econômicos para discutir o desenvolvimento do país. Para ele, fóruns desse tipo são fundamentais para alinhar estratégias que beneficiem não apenas o setor produtivo, mas também a infraestrutura necessária para otimizar custos e aumentar a competitividade no mercado global.
Rui Costa afirmou: “Esses debates são essenciais para que possamos alinhar as estratégias de desenvolvimento do setor produtivo. É crucial que tanto a indústria quanto o agronegócio tenham acesso a uma infraestrutura eficiente que reduza seus custos de produção”. Afinal, em um ambiente cada vez mais competitivo, pequenas diferenças de preço podem significar a sobrevivência de um negócio.
Em meio a suas colocações, o ministro abordou a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar tarifas sobre produtos brasileiros. Rui defendeu que a diversificação das exportações é a chave para mitigar os impactos dessa ação. “Estamos implementando uma estratégia que vem desde o início do governo Lula, onde a participação das exportações para os EUA caiu de 26% em 2003 para apenas 12% atualmente. Estamos fortalecendo laços com países do Brics e com a União Europeia, ampliando mercados e reduzindo nossa dependência de nações mais ricas”, ressaltou.
Rui também se manifestou sobre as críticas de Trump ao programa Mais Médicos, rebatendo que essas afirmações desconsideram a realidade do Brasil. “Quando o programa foi lançado, a baixa disponibilidade de médicos era um fato. Hoje, 100% dos inscritos são brasileiros. A realidade é complexa e deve ser encarada com seriedade”, afirmou.
Além disso, o ministro destacou que o Brasil está passando por um momento oportuno de investimento em ferrovias, um passo crucial para a competividade do país. “Para um país continental como o Brasil, depender predominantemente de rodovias é custoso e limitante. Precisamos fortalecer nossas ferrovias, cabotagem e hidrovias,” explicou. Ele também mencionou que está em fase de pesquisa a proposta de um trem ligando Salvador a Feira de Santana, um projeto que ainda demanda amplo debate.
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