16 agosto, 2025
sábado, 16 agosto, 2025

Saiba como é o novo teste do SUS para detectar câncer de colo do útero

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A partir de 15 de setembro, o Ministério da Saúde começa a disponibilizar, através do Sistema Único de Saúde (SUS), um revolucionário teste de biologia molecular DNA-HPV, projetado especificamente para o rastreamento do câncer de colo do útero. Esta nova tecnologia é capaz de identificar 14 genótipos do papilomavírus humano (HPV), permitindo a detecção do vírus antes mesmo de qualquer lesão ou desenvolvimento do câncer, mesmo em mulheres assintomáticas.

Com um aumento significativo na sensibilidade diagnóstica, o teste não só diminui a necessidade de exames invasivos, mas também possibilita intervalos maiores entre coletas em resultados negativos — podendo chegar até cinco anos. Isso não apenas aumenta a eficiência do rastreamento, mas também reduz os custos envolvidos, proporcionando um serviço de saúde mais acessível e eficaz.

“Por ser mais eficaz, a nova tecnologia permite ampliar os intervalos de rastreamento, aumentando a eficiência e reduzindo custos”, explica o Ministério da Saúde.

Outro aspecto relevante do novo teste é sua capacidade de alcançar mulheres em áreas remotas, onde o acesso aos cuidados de saúde é limitado. Isso cria um rastreamento mais equitativo e eficaz para todas as usuárias do SUS.

A coleta do teste, realizada pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, é semelhante à do papanicolau, envolvendo a coleta de secreção do colo do útero e exigindo um exame ginecológico. Porém, nesta tecnologia, a amostra é mantida em um tubo com líquido conservante, que será analisado em laboratório para a pesquisa do DNA do vírus.

A implementação do teste na rede pública está prevista para o início de 2024, após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), evidenciando que a nova tecnologia é mais precisa que os métodos anteriores. Inicialmente, o teste será disponibilizado nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e no Distrito Federal, com planos de expansão a outros municípios ao longo dos próximos anos.

A meta é que até dezembro de 2026, esse rastreamento beneficie 7 milhões de mulheres entre 25 e 64 anos em todo o Brasil. O HPV é responsável pela maior parte dos casos de câncer de colo de útero no país, que é o terceiro tipo mais comum entre mulheres, com 17 mil novos diagnósticos estimados a cada ano até 2025.

Estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam 15 casos da doença para cada 100 mil mulheres no Brasil, e o câncer do colo do útero permanece como a principal causa de morte entre mulheres no Nordeste, com cerca de 20 óbitos por dia. Essa realidade alarmante salienta a importância do novo modelo de rastreamento, considerado um verdadeiro marco para a saúde da mulher no Brasil.

Além disso, a testagem de HPV, aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é reconhecida como o padrão ouro para a detecção precoce do câncer de colo do útero, integrando as diretrizes globais que visam a eliminação da doença como um problema de saúde pública até 2030.

Você já conhecia essa nova tecnologia? O que acha dessa iniciativa? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões!

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