Em uma inovadora mudança de diretrizes, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) possibilitou que mestrandos e doutorandos, na condição de bolsistas, possam manter suas atividades profissionais. A Resolução nº 002/2025, em vigor desde fevereiro, marca uma evolução significativa nas políticas de fomento voltadas à comunidade acadêmica.
Agora, para que um estudante ingresse em uma bolsa, basta ter a anuência do seu orientador e do coordenador do programa de pós-graduação, sem a exigência de comunicar a Fapesb sobre vínculos empregatícios anteriores. Esta flexibilidade representa um avanço das práticas anteriores, onde o vínculo era restrito até então.
De acordo com Jullyanne Cristina Lessa, coordenadora de bolsas da Fapesb, a instituição tem acompanhado de perto as mudanças no cenário nacional, ajustando suas práticas às necessidades da comunidade científica. A nova resolução destaca a intenção da Fapesb em se alinhar a diretrizes estabelecidas por grandes instituições federais, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Ensino Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Além desta nova regra, a Fapesb promoveu uma série de melhorias nos processos internos, visando desburocratizar e agilizar a concessão das bolsas. O Conselho Curador da Fapesb decidiu reduzir a quantidade de documentos exigidos, facilitando a vida tanto dos bolsistas quanto da gestão pública.
Uma das mudanças mais significativas foi a eliminação da suspensão de bolsas decorrente de atrasos na entrega de relatórios. Essa nova abordagem transfere a responsabilidade pelo monitoramento das atividades do bolsista para as instituições de ensino, visando promover eficiência e agilidade nos processos. Handerson Leite, diretor-geral da Fapesb, destacou que as adaptacões foram realizadas em diálogo com a Procuradoria Geral do Estado e o Tribunal de Contas, com um foco claro na modernização e redução de custos com burocracias.
Adicionalmente, a nova resolução beneficia também os bolsistas estrangeiros, que não precisarão mais comprovar periodicamente a regularidade de seus vistos; essa responsabilidade agora recai sobre as instituições de ensino ou o coordenador do projeto durante a vigência da bolsa.
Essas mudanças não são apenas procedimentos burocráticos; elas refletem um compromisso real em humanizar e adaptar o sistema acadêmico às necessidades contemporâneas, possibilitando que os pesquisadores possam conciliar trabalho e estudos de forma mais integrada.
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