16 agosto, 2025
sábado, 16 agosto, 2025

Padilha diz ser ‘ato covarde’ cancelamento de vistos da filha e esposa

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Imagem de Padilha

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não poupou palavras ao descrever como um “ato covarde” o cancelamento dos vistos de sua esposa e filha, uma ação vinda dos Estados Unidos. Ele mesmo, com seu visto expirado desde 2024, sente o impacto dessa sanção, especialmente ao saber da decisão pela boca da esposa durante um compromisso em Pernambuco.

Na sua fala incisiva, Padilha direciona seu descontentamento para o governo de Donald Trump, que, segundo ele, aplicou uma sanção que atingiu sua filha de apenas 10 anos. Ele também critica Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente reside nos EUA. Eduardo, conforme Padilha, tem articulado uma verdadeira pressão sobre o Brasil, buscando influenciar o Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar que seu pai enfrente um julgamento pela tentativa de golpe de Estado.

“As pessoas que fazem isso e o clã Bolsonaro, que orquestra isso, têm que explicar ao mundo: qual é o risco que uma criança de 10 anos representa para o governo americano?”, questionou Padilha em uma entrevista à Globonews. A indignação dele se torna explícita. “É uma atitude de covardia”, acrescentou, reforçando sua visão de que este ato é incompreensível e injustificável.

Na mesma linha, o ministro apontou o que considera uma manipulação orquestrada por aliados de Bolsonaro, defendendo que Eduardo e seus parceiros criaram um “escritório do lobby da traição” nos Estados Unidos. A situação se agrava com o recente cancelamento de vistos de outros funcionários do governo brasileiro, que estão associados ao programa Mais Médicos, uma iniciativa criada no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, sob sua supervisão.

Entre os atingidos estão Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, cujas sanções foram justificadas pelo Departamento de Estado americano como uma resposta a um suposto “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”. Padilha defende ardentemente seu legado, ressaltando que sua filha nem sequer havia nascido quando o programa foi iniciado. “Eu criei esse programa com muito orgulho”, declarou, assegurando que, atualmente, não há mais parcerias com médicos cubanos, mesmo que outros países, como a Itália, continuem com essa colaboração.

Ele questiona a incoerência das medidas, pedindo: “Qual é a explicação para não haver sanções a esses outros países, enquanto alvos do governo americano são servidores brasileiros e até uma criança, sem qualquer ligação atual com médicos cubanos?” O descontentamento de Padilha reflete um clima tenso na relação Brasil-EUA, com implicações que vão além de uma simples questão de vistos.

O que você acha dessas ações e das declarações de Padilha? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão!

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