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A radiação cósmica, um misto de raios de alta energia provenientes das profundezas do espaço, impacta a Terra diariamente. Esses raios são gerados tanto por erupções solares quanto por explosões de supernovas, o momento em que estrelas antigas se desintegram em um espetáculo luminoso. Mas o que realmente essa radiação significa para o corpo humano?
Ao contrário da radiação terrestre, que tem origem em elementos presentes no solo, como urânio e potássio, os efeitos da radiação cósmica dependem da quantidade que alguém é exposto. Em altas doses, ela pode causar danos celulares significativos e até romper moléculas de DNA, o que gera diversas preocupações em saúde, como o aumento do risco de câncer e cataratas.
Embora filmes como “Quarteto Fantástico” retratem a radiação cósmica como uma porta para superpoderes, a realidade é bem diferente. O corpo humano não transforma os danos em habilidades extraordinárias, e a exposição acumulativa pode prejudicar a produção de novas células no cérebro e afetar a saúde reprodutiva.
A intrigante questão sobre a exposição à radiação cósmica é que, apesar de a atmosfera da Terra atuar como um escudo, pequenas quantidades conseguem alcançar o solo. As medições são feitas em sieverts, uma unidade que representa a dose de radiação absorvida pelo corpo. Para se ter uma ideia, anualmente, uma pessoa comum recebe aproximadamente três milisieverts, uma quantidade que não causa danos significativos.

Agora, vamos considerar o que acontece ao voar de avião. A altitudes maiores, a exposição à radiação cósmica é ampliada, e um voo de avião pode ser comparado a um exame de raio-X do tórax, que em média expõe uma pessoa a 0,1 mSv. Mas para aqueles que voam frequentemente, como comissários de bordo e pilotos, o risco se torna acumulativo, elevando as taxas de câncer nessas populações.

E o que podemos dizer sobre a exposição no espaço? Os astronautas enfrentam níveis extremos de radiação cósmica, recebendo em uma semana o que um ser humano normalmente coletaria em um ano na superfície terrestre. Isso levou agências espaciais a implementar limites rigorosos de exposição ao longo da carreira desses profissionais. Durante uma missão ao planeta Marte, um instrumento no rover Curiosity registrou que cada astronauta recebeu cerca de 0,66 sieverts, o equivalente a 660 raios-X do tórax.
A proteção desses valentes viajantes das estrelas é uma prioridade. Por conta da alta radiação, pesquisas estão sendo conduzidas para desenvolver estruturas que garantam a segurança durante longas viagens interplanetárias, uma das muitas barreiras a serem superadas em nossa busca por explorar o cosmos.
Quais são suas reflexões sobre os efeitos da radiação cósmica? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias conosco!