18 agosto, 2025
segunda-feira, 18 agosto, 2025

Ouro raro que representa apenas 1% desse tipo de metal no mundo vai a leilão

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Ouro cristalino em leilão

Um leilão nos Estados Unidos está prestes a realizar um evento extraordinário: a venda do raro ouro cristalino, um tipo de metal que representa apenas 1% do ouro existente no planeta. Diferente das tradicionais pepitas, essa forma fascinante de ouro preserva sua estrutura original, resultado de condições singulares e extremas nas profundezas da Terra.

O ouro cristalino se forma em rachaduras profundas da crosta terrestre, onde uma combinação perfeita de temperatura, pressão e química cria cristais com formatos únicos, que podem variar de cúbicos a estruturas ramificadas, lembrando galhos de árvore. Enquanto a maioria do ouro se desgasta com o tempo, tornando-se pepitas arredondadas, as peças cristalinas escapam desse processo de erosão, o que as torna extremamente valiosas e muitas vezes vendidas por valores que superam o peso em ouro.

Joia da Coroa de Ironstone
Joia da Coroa de Ironstone, o maior exemplar de ouro cristalino do mundo, pesando 20 kg. Crédito: MikeVdP/Creative Commons License

O exemplar oferecido pela Heritage Auctions tem um lance mínimo de US$150 mil (cerca de R$815 mil), pesando 1,7 kg e medindo mais de 14 centímetros. Encontrada na Austrália Ocidental, a pérola da natureza exibe dobras metálicas que evocam uma beleza artística natural.

A história do ouro cristalino não é menos impressionante. O maior exemplar conhecido, a Joia da Coroa de Ironstone, foi descoberto em 1992 e pesava incríveis 16,4 kg, tendo sido revelado de sua camada de quartzo através de um processo químico. Sua importância estabelece um marco no fascinante mundo da mineralogia.

Ainda que raro, o processo de criação do ouro cristalino também pode ser reproduzido artificialmente em laboratórios, utilizando técnicas que replicam as condições extremas encontradas em supernovas. Dessa forma, o leilão não apenas movimenta colecionadores e investidores, mas ressalta o diálogo entre ciência, arte e a história geológica que nos acompanha há milhões de anos.

O fascínio pelo ouro cristalino vai além do seu valor. Ele desafia a compreensão atual, como demonstrado por uma pesquisa recentemente publicada na revista Nature, onde cientistas descobriram que o ouro pode resistir a temperaturas muito mais elevadas do que se pensava. Com experimentos que aquecem amostras de forma ultrarrápida, foi possível observar propriedades que desafiam os limites teóricos conhecidos.

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