20 agosto, 2025
quarta-feira, 20 agosto, 2025

Google oferece R$ 165 mi para encerrar caso envolvendo crianças

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Em um movimento significativo, o Google apresentou uma proposta à juíza Susan van Keulen, do tribunal federal de San Jose, na Califórnia, para encerrar uma ação coletiva que o acusa de coletar informações pessoais de menores sem o devido consentimento. O montante sugerido para o acordo é de US$ 30 milhões, aproximadamente R$ 165 milhões, um esforço da gigante da tecnologia para evitar as consequências de práticas questionáveis.

Os pais das crianças envolvidas argumentam que o Google utilizou desenhos animados e canções de ninar, entre outros conteúdos, para reunir dados pessoais e enviar anúncios direcionados. Apesar disso, a empresa nega qualquer irregularidade. As informações sobre o caso foram divulgadas pela Reuters.

Prática teria ocorrido entre 1º de julho de 2013 e 1º de abril de 2020 (Imagem: Kate Krav-Rude/Shutterstock)

No início de janeiro, a juíza decidiu rejeitar a inclusão de empresas de conteúdo como Hasbro, Mattel, Cartoon Network e DreamWorks Animation na acusação, por não haver evidências concretas de ligação com as práticas do Google. Esse movimento levou a uma mediação que resultou na proposta atual.

O caso abrange cerca de 35 a 45 milhões de crianças nos Estados Unidos, que assistiram ao YouTube durante o período de investigação. Caso apenas de 1% a 2% dessas crianças apresentem reivindicações, o valor recebido pode variar entre US$ 30 (R$ 164) até US$ 60 (R$ 329), antes da dedução de custos legais. Os advogados do caso ainda podem coletar até US$ 9 milhões (R$ 49 milhões) em honorários.

Acordo ainda depende de aprovação da juíza federal do caso (Imagem: wombatzaa/iStock)

Esse não é o primeiro incidente do tipo envolvendo o Google. Em 2019, a empresa já havia concordado em pagar US$ 170 milhões (R$ 935,13 milhões) por coletar informações pessoais de crianças sem consentimento, uma violação da Lei de Proteção à Privacidade Online de Crianças (COPPA). Essa regra, estabelecida em 1998, exige que plataformas que atraem o público infantil informem as práticas de coleta de dados e obtenham aprovação dos pais.

Na época, o presidente da FTC, Joe Simons, destacou que o YouTube usou sua popularidade entre crianças para atrair anunciantes, mas falhou em reconhecer que parte de sua plataforma era voltada para o público infantil. “Não há desculpa para as violações da lei pelo YouTube”, afirmou.

Big tech foi alvo de processo pelo mesmo motivo em 2019 (Imagem: BINK0NTAN/Shutterstock)

O desenrolar desse caso poderá trazer não apenas consequências financeiras significativas para o Google, mas também prenunciar mudanças na forma como as grandes tecnologias abordam a privacidade de dados, especialmente quando o tema envolve crianças. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!

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