Em um apelo urgente por ação, a Ministra das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Varsen Aghabekian, fez um fervoroso pedido para que a comunidade internacional intervenha contra Israel. O pedido surge após a aprovação de novos assentamentos pelo governo de Benjamin Netanyahu, que agravam ainda mais a já complexa situação na Cisjordânia. Aghabekian enfatizou que sanções reais são necessárias para forçar Israel a interromper seus planos e a respeitar o consenso internacional sobre a solução da questão palestina.
A ministra criticou duramente a inação da comunidade internacional, considerando suas declarações de desaprovação como “inúteis” diante da gravidade da situação. “As simples condenações não são suficientes e não protegem a solução de dois Estados”, declarou, ao comentar sobre os assentamentos ilegais, que, segundo ela, vão de encontro ao direito internacional. O sentimento de desesperança foi palpável, especialmente em um momento em que Israel se orgulha publicamente de seus avanços em território palestino.
A construção dos novos assentamentos na área “E1”, situada a leste de Jerusalém, marca um ponto crítico, já que essa região uniria as cidades palestinas de Ramala e Belém. Durante anos, essa expansão foi interrompida por pressões internacionais, mas agora, após a nova aprovação, Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de Israel, afirmou que a ruína do Estado palestino está sendo concretizada “não com palavras, mas com ações”. Esse cenário pinta um quadro desolador da luta pela autodeterminação palestina em meio a uma crescente presença israelense.
Hoje, mais de 700 mil colonos israelenses habitam a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, regiões ocupadas desde a guerra de 1967. O governo de Israel não apenas permite essa presença, mas a promove ativamente através de infraestrutura, serviços e incentivos. Assim, a questão da Palestina se torna um desafio ainda mais complexo, clamando por atenção e ação decisiva da comunidade global.
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