
Você já parou para pensar como a educação financeira na infância pode moldar o futuro financeiro de uma pessoa? O educador financeiro Edgar Abreu acredita que ensinar crianças a lidarem com dinheiro desde cedo é essencial para que se tornem adultos mais preparados. E esse aprendizado vai muito além do simples ato de poupar.
Abreu enfatiza a importância de incluir noções de crédito e débito na educação dos pequenos. Ele explica que o verdadeiro desafio da vida adulta é conseguir equilibrar entradas e saídas financeiras. “Não é a poupança que transforma a vida da criança, mas sim o comportamento. Os filhos devem aprender a escolher entre consumir agora ou guardar para o futuro”, afirma.
Uma abordagem sugerida pelo especialista é substituir a tradicional mesada por um conceito chamado “despesada”. Esta prática consiste em dar aos filhos um valor que já inclua pequenas despesas e responsabilidades, aproximando-os da realidade financeira que os adultos enfrentam, onde cada real precisa ser bem administrado entre obrigações e desejos.
Essas reflexões se fazem ainda mais urgentes diante dos dados preocupantes da pesquisa da SalaryFits, que revelou que 54% dos trabalhadores brasileiros não conseguem manter o salário até o fim do mês. Embora tenha havido uma leve melhoria em relação a 2024, quando 62% enfrentavam essa dificuldade, as estatísticas continuam alarmantes. Apenas 20% dos trabalhadores afirmam ter total controle sobre suas finanças e, apenas 25% poderiam arcar com uma despesa inesperada de R$ 10 mil sem recorrer a empréstimos.
Essa falta de equilíbrio financeiro não impacta apenas a economia das famílias, mas também a saúde emocional: 66% dos entrevistados relatam aumento do estresse, 43% sentem irritabilidade e 39% enfrentam dificuldades para dormir.
Diante desse cenário, Abreu ressalta a importância de integrar a educação financeira nas famílias e escolas. “Se não transformarmos a forma como nossos filhos aprendem sobre dinheiro, vamos perpetuar um ciclo de dificuldades financeiras. A educação financeira é um investimento para as futuras gerações”, conclui.
E você, já começou a ensinar a próxima geração sobre o valor do dinheiro? Compartilhe suas experiências e reflexões nos comentários!