25 agosto, 2025
segunda-feira, 25 agosto, 2025

‘Torcedor infrator será banido de todos os estádios do país’

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Ministro Guilherme Caputo, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

No cenário vibrante do futebol, uma nova era de segurança e respeito se desenha. O ministro Guilherme Caputo, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), anunciou que torcedores envolvidos em atos de violência ou discriminação deverão ser formalmente banidos de todos os estádios do país. Essa iniciativa, concebida pelo grupo de trabalho “Paz nas Arenas”, é um marco essencial na luta pela paz no esporte e no combate à discriminação.

A proposta foi detalhada durante o seminário “Racismo no Futebol – O Combate à Discriminação nos Estádios”, em Salvador. Caputo explicou como a tecnologia poderá ser aliada na integração da justiça e segurança, destacando a criação de um banco nacional de torcedores banidos e o uso ampliado do reconhecimento facial para identificar e impedir infratores de ingressar em estádios.

“O estádio precisa voltar a ser um espaço de paz e convivência”, enfatizou Caputo. Ele também abordou a importância de engajar os diferentes setores da sociedade, incluindo clubes de futebol, árbitros e vítimas de discriminação, na busca por soluções efetivas para a crise atual. O judiciário, segundo ele, pode atuar como um catalisador, promovendo a união entre esses players para formular políticas robustas.

Caputo ainda comentou sobre a necessidade de melhorar a legislação desportiva. “Precisamos integrar as instituições de justiça e as torcidas organizadas em um diálogo construtivo, permitindo que possamos filtrar os responsáveis pelos atos violentos, sem penalizar toda a coletividade”, afirmou. O ministerial também sinalizou que estão sendo cultivadas parcerias com o Ministério da Justiça para um projeto denominado “Estádio Mais Seguro”, que visa aprimorar a segurança nos arredores e dentro das arenas.

Dentre as iniciativas que já estão em andamento, a implementação de um registro de torcedores organizados com vínculos regulamentados ao CNPJ das associações é uma das mais significativas. Com isso, as torcidas poderão ser responsabilizadas por atos de violência, promovendo um controle mais efetivo das ações.

Caputo ressaltou também o papel crucial da tecnologia: “A partir de junho, toda arena com mais de 20 mil lugares deverá adotar o reconhecimento facial.” O objetivo é que essa tecnologia não apenas reconheça indivíduos com mandados de prisão em aberto, mas também permite que torcedores comuns possam frequentar os jogos sem medo de violência.

Além disso, o aumento alarmante da violência doméstica em dias de jogo é uma preocupação que o grupo de trabalho está encarando. Caputo está impulsionando a criação de salas de acolhimento dentro dos estádios para fornecer apoio às mulheres vítimas de discriminação ou assédio, uma iniciativa que já começou a ser implementada em algumas arenas.

Por fim, a questão das sociedades anônimas do futebol (SAFs) também foi discutida, trazendo à tona uma alternativa para a sustentabilidade financeira dos clubes e garantindo uma melhor gestão. Com a atualização das leis relacionadas a esse modelo, espera-se que as dificuldades financeiras enfrentadas pelos clubes sejam atendidas de forma mais eficaz.

O futuro do futebol brasileiro clama por mudanças. Torcidas, clubes, justiça e tecnologia devem se unificar para que a paixão pelo esporte seja redimida por um ambiente seguro e acolhedor. Essa transformação começa agora. O que você pensa sobre as medidas discutidas? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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