Em um cenário de tensões crescente, o Irã está prestes a reativar as discussões sobre seu programa nuclear, agendadas para a próxima terça-feira, 26, em Genebra. Nesta nova rodada de negociações, a República Islâmica busca dialogar com as potências europeias: França, Reino Unido e Alemanha. O objetivo central desses encontros é evitar o restabelecimento de sanções que poderão ser impostas a Teerã, caso não haja avanços satisfatórios nas negociações.
A recente suspensão da cooperação do Irã com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) revela um momento delicado. Esta decisão foi tomada após um intenso conflito de 12 dias com Israel, durante o qual a República Islâmica se sentiu desprotegida pela ONU, que não se manifestou sobre os ataques à sua infraestrutura nuclear. Neste contexto, as potências europeias estão alarmadas com a possibilidade de que o programa nuclear iraniano possa escapar do controle.
O acordo de 2015, que buscava assegurar que o programa nuclear do Irã fosse voltado exclusivamente para fins civis, já mostra sinais de desgaste. O pontapé inicial na desestabilização deste pacto se deu em 2018, quando os Estados Unidos decidiram se retirar e reinstaurar sanções severas. Agora, com a ameaça de um novo ciclo de sanções à espreita, a ansiedade nos corredores da diplomacia é palpável.
O encontro em Genebra, que se segue à rodada de conversas realizada em julho em Istambul, será liderado por vice-ministros das Relações Exteriores, com o Irã sendo representado por Majid Takht-Ravanchi. Este é um momento decisivo para a diplomacia internacional e um teste para as intenções de todas as partes envolvidas. O que você acha que sairá dessas negociações? Deixe sua opinião nos comentários!