
De artigos de grife a mansões luxuosas, influenciadores têm exposto nas redes sociais uma vida repleta de ostentação. Essa aparente prosperidade, no entanto, esconde um sistema complexo e ilícito: o “Jogo do Tigrinho”, descoberto por investigações do Ministério Público e Polícias Civis de vários estados.
Esses criadores de conteúdo utilizam a ostentação de luxo e a abertura de empresas como fachadas para legitimar o dinheiro obtido de forma duvidosa. Um exemplar flagrante desse esquema é a influenciadora Maria Karollyny Campos Ferreira, conhecida como Karol Digital. Com mais de 1,5 milhão de seguidores, ela foi presa em uma operação da Polícia Civil do Tocantins que revelou a verdadeira origem de sua fortuna.
Embora se apresentasse como empresária com um salão de beleza e a venda de cosméticos, sua riqueza era absurda em comparação com suas atividades. Karol possuía sete veículos de luxo, cuja apreensão totalizou cerca de R$ 5,5 milhões. Entre os automóveis, destacam-se um Porsche de R$ 979 mil e uma McLaren Artura, avaliada em R$ 3,1 milhões.
Karol, que já cumpriu pena por assalto à mão armada, construiu sua fortuna promovendo jogos de azar, enganando seguidores com promessas de lucros fáceis.
As investigações indicam que, entre 2019 e 2024, ela movimentou mais de R$ 217,6 milhões em jogos ilegais. Mas não é só Karol que está na mira da lei. Uma megaoperação recente no Rio de Janeiro visou 15 influenciadores envolvidos nesse esquema, todos utilizando suas plataformas para promover jogos ilegais e enriquecimento rápido.
Entre os alvos da operação, estão figuras como Bia Miranda e sua mãe, Jenny, além de outros conhecidos. Esses influenciadores exibem uma vida de luxo, incluindo veículos caros e viagens internacionais, e são suspeitos de usar redes empresariais para esconder a origem ilícita de seus ganhos, com movimentações financeiras que podem chegar a R$ 4 bilhões.
Os dados foram coletados através de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que detectaram sinais evidentes de enriquecimento que não correspondem à renda declarada. Agora, com a polícia em seu encalço, fica a pergunta: até onde essas armadilhas financeiras ainda conseguirão enganar?
Compartilhe suas reflexões sobre essa realidade das redes sociais e o impacto que isso gera no comportamento dos jovens. Vamos discutir!