28 agosto, 2025
quinta-feira, 28 agosto, 2025

Com fortes chuvas de 2024, RS teve recorde de deslizamentos no país

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O Rio Grande do Sul enfrentou, em abril e maio de 2024, uma das maiores crises hídricas já registradas no Brasil, resultando em tragédias que marcaram a vida dos gaúchos. Um estudo recente publicado na revista Landslides revelados que esse período gerou o maior número de deslizamentos de terra da história do país, totalizando impressionantes 15.376 deslizamentos ao longo de aproximadamente 18 mil quilômetros quadrados e impactando 150 dos 497 municípios do estado.

Com 183 mortes confirmadas e 27 desaparecidos, as enchentes devastaram áreas urbanas e rurais, atingindo 484 municípios. A destruição foi generalizada, afetando não apenas residências, mas também comércios, rodovias e equipamentos essenciais. As imagens dessa calamidade revelam um cenário de dor e resiliência, onde voluntários se mobilizaram para ajudar aqueles que perderam tudo, aliviando o desespero em meio ao caos.

O estudo coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com instituições como o Instituto Federal de Goiás (IFG) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB), analisou a localização dos deslizamentos, que se concentraram em três municípios da Serra das Antas: Bento Gonçalves, Veranópolis e Cotiporã. Essas áreas foram particularmente vulneráveis devido à combinação de chuvas intensas e terrenos íngremes, propensos a deslizamentos.

“Dois fatores foram cruciais para os deslizamentos: a intensidade das chuvas e a geografia acidentada da região”, explica Clódis de Oliveira Andrades-Filho, professor e autor do estudo.

Para se ter uma ideia da gravidade, desastres anteriores como o da região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, registraram menos de 4 mil deslizamentos. O impacto desta tragédia no Rio Grande do Sul foi ainda maior, isolando comunidades e resultando em profundas perdas sociais e econômicas.

A pesquisa também identificou 2.430 trechos de estradas afetados, prejudicando o acesso a várias localidades. O estudo oferece uma perspectiva valiosa sobre a dinâmica do solo e a importância de estratégias de gestão de riscos nas áreas montanhosas do Brasil, especialmente diante da crescente intensidade de eventos climáticos extremos.

Aterrorizados e ao mesmo tempo inspirados pela força da natureza, os gaúchos mostram que, apesar da dor, a solidariedade e a resiliência são armas poderosas para superar essa crise. Que lições podemos extrair desse momento tão desafiador? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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