
Na noite fatídica de 28 de agosto de 2009, uma tragédia abalou a capital federal: o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, José Guilherme Villela, sua esposa, a advogada Maria Villela, e a governanta, Francisca Nascimento, foram brutalmente assassinados no que ficou conhecido como o crime da 113 Sul. Ao completar 16 anos, este caso ainda reverbera pela complexidade e os erros nas investigações, agora prestes a ganhar um novo capítulo decisivo no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No dia 2 de setembro, o STJ avaliará a condenação da arquiteta Adriana Villela, apontada como a mandante da morte dos pais. Em 2019, após um julgamento que se estendeu por 10 dias, ela foi sentenciada a 67 anos e 6 meses de prisão, o mais longo da história do Distrito Federal. O que acontecerá em breve pode mudar o rumo de sua vida: caso a maioria dos ministros mantenha a condenação, o processo retornará ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) para a execução imediata da pena, conforme solicitado pelo Ministério Público.
As opções em discussão são críticas. Além de manter a condenação, há a possibilidade de anulação do júri, o que implicaria no reinício do processo. Importante lembrar que Adriana passou 19 dias presa inicialmente, mas foi liberada devido à falta de antecedentes criminais e ao comparecimento regular às audiências. Em 2022, o TJDFT rejeitou um pedido de anulação e reduziu sua pena para 61 anos e 3 meses.
O crime chocante ocorreu no apartamento do casal Villela, em uma área nobre de Brasília. Os corpos foram descobertos apenas na segunda-feira, 31 de agosto, quando a neta, Carolina, desconfiou da ausência dos avós e encontrou a cena aterradora: mais de 70 facadas. Desde então, a nação tem acompanhado os desdobramentos desse caso, que revelaram fragilidades nas investigações.
Durante o inquérito, três homens — Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio, Paulo Cardoso Santana, sobrinho do porteiro, e Francisco Mairlon, cúmplice — foram encontrados culpados e delataram Adriana como a mandante do crime. As investigações apontaram que desavenças financeiras entre Adriana e seus pais foram o estopim para o homicídio, com o ex-porteiro supostamente recebendo pagamento para simular um assalto.
Enquanto isso, a defesa de Adriana permanece firme, argumentando sua inocência e apontando falhas nas investigações que não consideraram suas provas de álibi. O enredo se desenrola em um cenário repleto de reviravoltas, com cada decisão judicial prometendo mais polêmicas.
O que poderá acontecer a seguir? Comente sua opinião e participe dessa discussão sobre um dos crimes mais intrigantes da nossa história recente. Você acredita na inocência de Adriana Villela ou nas alegações do Ministério Público?