28 agosto, 2025
quinta-feira, 28 agosto, 2025

Justiça italiana mantém Zambelli presa e processo de extradição segue

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Carla Zambelli

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) permanecerá detida em Rebibbia, na Itália, à medida que o processo de extradição avança. A decisão da Justiça italiana, tomada na última quinta-feira, dia 28, rejeitou o pedido para que Zambelli respondesse ao processo em prisão domiciliar, alegando um “alto perigo de fuga”.

Assim, a parlamentar, que é alvo de um processo que poderá levar meses, continua a enfrentar a possibilidade de retorno ao Brasil. Atualmente, o pedido de extradição encontra-se sob análise do Ministério do Interior, análogo ao Ministério da Justiça brasileiro.

Na manhã da quarta-feira anterior, 27, uma audiência ocorreu com a participação da defesa de Zambelli e um representante do governo brasileiro, responsável pela solicitação de extradição. Os advogados sustentaram que a saúde da parlamentar era fragilizada e que ela estava sob perseguição política.

Todavia, um laudo médico encomendado pela Justiça italiana demonstrou que Zambelli possui condições de tratar sua saúde dentro da penitenciária. A especialista Edy Febi, responsável pelo relatório, analisou tanto o estado físico como mental da deputada. Ela reconheceu a existência de transtorno depressivo, mas destacou que não houve indícios de automutilação ou comportamento autodestrutivo durante sua detenção.

A médica também mencionou a presença da Síndrome de Ehlers-Danlos, condição rara que afeta músculos e articulações, mas concluiu que o estado de saúde da parlamentar “não parece ser, no momento, potencialmente fatal”. O relatório indicou que todas as necessidades terapêuticas de Zambelli poderiam ser atendidas na prisão, garantindo que ela não apresentava complicações que a impedissem de ser extraditada.

Desde o dia 29 de julho, Zambelli está sob custódia. Em uma audiência anterior, foi autorizado o acesso a medicamentos na prisão feminina de Rebibbia. Em maio deste ano, a deputada foi condenada a dez anos de prisão por invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), junto ao hacker Walter Delgatti.

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