A Operação “Molon Labe” foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (28) no Conjunto Penal de Itabuna, reunindo uma força-tarefa sem precedentes no sistema prisional baiano. A ação, conduzida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) e por forças policiais estaduais e federais, busca desarticular estruturas que alimentam o crime organizado dentro e fora dos muros.
A ofensiva incluiu revistas gerais nas celas, com objetivo de localizar e apreender materiais ilícitos que fortalecem o poder paralelo das facções. Além disso, a operação também pretende readequar rotinas administrativas e operacionais, impondo maior rigor na disciplina do presídio.
Participaram da operação os Grupos de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep) e de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, o Grupamento Especializado de Operações Prisionais (Geop), a Coordenação de Monitoramento e Avaliação do Sistema Prisional (Cmasp), além da Rondesp, Graer, Polícia Civil, Departamento de Polícia Técnica e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O nome da operação, “Molon Labe”, expressão em grego que significa “venha e tome”, simboliza o enfrentamento direto ao poder das facções. Ao desafiar os tentáculos do crime organizado, a ação deixa claro que o Estado não abrirá mão do controle sobre o sistema prisional.
Mais do que uma simples revista, a operação representa um confronto estratégico contra a influência do crime, evidenciando a disputa de poder entre as instituições públicas e organizações criminosas. A mensagem é dura e inequívoca: o Estado está em guerra para retomar o que lhe pertence.