28 agosto, 2025
quinta-feira, 28 agosto, 2025

Rede criminosa comprou portos, usinas e fazendas, diz Receita

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Rede criminosa em atuação

Em uma coletiva que expôs a profundidade da infiltração do crime organizado na economia brasileira, Andrea Costa Chaves, subsecretária de fiscalização da Receita Federal, lançou luz sobre uma realidade alarmante. As operações Quasar, Tank e Carbono Oculto revelaram que as atividades ilícitas já não estão restritas ao submundo, mas invadiram setores fundamentais da economia formal, utilizando estruturas extremamente sofisticadas e articuladas.

“Observamos, especialmente na operação Carbono, como o crime organizado se infiltrou na economia real e no setor financeiro. Este fenômeno gera não apenas concorrência desleal, mas também uma confusão entre o que é legítimo e o que não é. É papel do Estado estabelecer regras claras”, afirmou Andrea, destacando a complexidade desse novo cenário.

A investigação deixou claro que o esquema criminoso abrangia toda a cadeia de combustíveis, indo da importação à revenda ao consumidor final. Para disfarçar suas operações e proteger os envolvidos, a rede utilizava técnicas típicas de paraísos fiscais, movimentando um total estimado de R$ 52 bilhões. Cerca de mil postos de combustíveis em dez estados estavam envolvidos, com fintechs agindo quase como bancos paralelos.

Investimentos em ativos estratégicos

O relatório da Receita revelou ainda a criação de fundos fechados, compostos por um único cotista, utilizados para a aquisição de ativos valiosos. A lista de bens já rastreados incluía um terminal portuário, quatro usinas de produção de álcool, e uma frota impressionante de 1.600 caminhões, além de mais de 100 imóveis, que incluem seis fazendas avaliadas em R$ 31 milhões e uma residência de R$ 13 milhões.

“Esses espaços estão sendo entregues ao crime organizado, em vez de serem ocupados por empresários que realmente desejam contribuir para o desenvolvimento econômico do país. Essa situação mostra como o mercado formal pode ser usado para dar uma falsa impressão de legalidade”, observou Andrea, resumindo a gravidade da situação.

Essa é uma chamada para todos nós: como você vê o impacto do crime organizado em nosso cotidiano? Compartilhe seus pensamentos nos comentários e faça parte dessa discussão crucial.

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