A história de Brenda Valenttina, uma estudante de 9 anos, revela como pequenas ações podem mudar o futuro de crianças. Ao frequentar um exame de acuidade visual pela primeira vez, ela passou por uma série de procedimentos que, apesar de desconfortáveis, se mostraram necessários. Brenda descobriu que precisava de óculos e, cheia de empolgação, escolheu uma armação estampada, se sentindo parte de um novo grupo: “Agora, sou como minhas amigas que também usam.”
Ludmilla Emanuely, outra estudante de 9 anos, não compartilhou a mesma empolgação ao descobrir que seria preciso usar óculos. Ao longo do exame, percebeu que tinha dificuldades para ler as letras distantes. Embora não estivesse totalmente convencida do novo estilo, admirava a beleza da amiga que também usa óculos. Afinal, a escolha da armação se tornou um momento de diversão, onde ela experimentou várias antes de optar por uma opção discreta e transparente.
João Lucas, com 10 anos, também participou dessa jornada. Após seu primeiro exame, ele confessou um medo inicial, mas logo se sentiu animado com a possibilidade de usar óculos. Experimentando diversas cores, finalmente escolheu uma armação preta, acreditando que seus familiares iam gostar. Essas três crianças fazem parte de um projeto transformador chamado *Pequenos Olhares*, que oferece atendimento oftalmológico gratuito a mil alunos da rede pública de Curitiba, em colaboração com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e outros parceiros.
A oftalmologista Bruna Ducca, coordenadora do projeto, explica que, anualmente, cidades que sediarem o Congresso Brasileiro de Oftalmologia recebem essa iniciativa. Durante dois dias, as crianças são selecionadas a partir de indicações dos professores, que observam sinais de dificuldades visuais nas escolas. Através dessa triagem, muitas crianças que já esperavam por uma consulta têm agora a oportunidade de cuidar de sua saúde ocular.
Os atendimentos vão além do exame inicial: as crianças passam por testes detalhados, incluindo dilatação da pupila e, se necessário, recebem novos óculos que elas mesmas escolhem. Com a ajuda de médicos oftalmologistas e alunos de medicina voluntários, as crianças ainda têm acesso a atividades recreativas e lanches durante o atendimento.
Essa ação não só transforma a visão das crianças, mas também abre novas perspectivas para o aprendizado e a socialização. É um passo essencial para garantir que cada menina e menino tenha a oportunidade de ver o mundo com clareza e beleza. Comente abaixo suas experiências sobre a importância do cuidado com a visão!
