No cenário político brasileiro, o historiador Carlos Fico lança um olhar profundo sobre as ameaças que continuam a assolar a democracia. Em entrevista ao programa de Noblat, ele afirma que a tentativa de golpe de Bolsonaro falhou principalmente pela falta de apoio do Alto Comando e pela pressão internacional. Essa análise crítica surge em um momento crucial, onde o julgamento de militares envolvidos em tentativas de intervenção está em andamento.
Fico, autor do instigante “Utopia Autoritária Brasileira”, resgata episódios da história do Brasil, citando marcos decisivos como a Proclamação da República, a Revolução de 1930 e o golpe militar de 1964. Para ele, a crença na superioridade dos militares sobre a política civil é o combustível que ainda alimenta uma mentalidade golpista persistente nas Forças Armadas.
Durante a conversa, Fico não hesita em alertar sobre a reativação dessa mentalidade, especialmente diante da possibilidade de um governo extremista emergir nas próximas eleições. Um ponto de grande relevância discutido é o Artigo 142 da Constituição, frequentemente interpretado pelos militares como um “passaporte” para a intervenção política, reforçando a urgência do debate.
O julgamento de militares por tentativa de golpe é visto por Fico como um marco histórico, um passo fundamental para enfrentar a sensação de impunidade que muitas vezes permeia as Forças Armadas. Esse processo, além de simbólico, pode representar um divisor de águas na relação entre civis e militares no Brasil.
Convidamos você a refletir sobre essas questões e a compartilhar suas opiniões. O que você acha sobre as possíveis consequências desse julgamento e a permanência da mentalidade golpista nas Forças Armadas? Deixe seu comentário abaixo!