Dois grupos estrangeiros estão prontos para participar de um leilão que promete revolucionar a mobilidade entre Santos e Guarujá, no litoral paulista. As empresas espanholas Acciona e portuguesa Mota-Engil já apresentaram suas propostas e estarão em competição na próxima sexta-feira (5), às 16h, na B3, a bolsa de valores em São Paulo.
A Acciona, conhecida por suas obras de grande escala, atualmente lidera os trabalhos da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, enquanto a Mota-Engil traz experiência recente, tendo assinado um contrato com a Petrobras para serviços submarinos. A concessionária vencedora do leilão será responsável pela construção, operação e manutenção do túnel por 30 anos.
Com um investimento projetado em R$ 6,8 bilhões, o governo paulista e o federal irão aportar até R$ 5,14 bilhões, enquanto a iniciativa privada completará o financiamento. O túnel Santos-Guarujá será a primeira travessia submersa do Brasil, com 1,5 quilômetro de extensão, dos quais 870 metros serão imersos. Módulos de concreto pré-moldados serão instalados no leito do canal portuário.
O projeto não se limita apenas à travessia. Ele incluirá três faixas para veículos, uma delas destinada ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além de ciclovia, espaço para pedestres e galerias de serviços. Com a licença ambiental prévia já concedida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), a obra ganhou luz verde para avançar.
Analisando o atual sistema de transporte entre as duas cidades, vemos um cenário de gargalos. Atualmente, a travessia pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni é um percurso extenso de 43 km, levando até 60 minutos. As balsas e barcas, usadas por pedestres e ciclistas, apresentam tempos que variam entre 18 a 60 minutos, dependendo da condição operacional do porto. Contudo, com o túnel, esse tempo pode ser reduzido a apenas dois minutos.
Esta construção promete aliviar o tráfego na rodovia e aumentar a capacidade de escoamento do Porto de Santos, que frequentemente enfrenta congestionamentos. Para o governo federal, o túnel não apenas transformará a mobilidade urbana, mas também impulsionará a economia local, melhorando a qualidade de vida de mais de 720 mil moradores das duas cidades.
Além disso, a obra tem o potencial de gerar milhares de empregos diretos e indiretos, tanto durante a construção quanto na fase de operação do túnel. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, enfatiza a importância dessa obra: “O túnel Santos–Guarujá é uma das obras mais emblemáticas do Novo PAC, e marca um novo tempo para a mobilidade urbana e a infraestrutura do Brasil.”
Essa revitalização vai muito além de uma simples travessia; trata-se de um passo gigante rumo a um futuro mais conectado e dinâmico. O que você acha dessa transformação na mobilidade urbana? Deixe seu comentário e compartilhe suas expectativas para esse projeto!