2 setembro, 2025
terça-feira, 2 setembro, 2025

Mendonça vira relator em pedido de suspensão de ação na trama golpista

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No novo desdobramento do caso que envolve a tentativa de golpe de Estado no Brasil, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), assume a relatoria de um habeas corpus que visa suspender a Ação Penal 2696. Esta ação contempla um grupo que inclui 11 militares do Exército e um policial federal, todos acusados de arquitetar planos para garantir a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Nesta terça-feira (2/9), o STF também começa a julgamento da Ação Penal 2668, onde Jair Bolsonaro e mais sete réus, pertencentes ao núcleo 1, enfrentam acusações de ter se envolvido em manobras golpistas após as eleições de 2022. A análise será realizada pela Primeira Turma da Corte, prometendo ser um marco no desenrolar desse complexo cenário jurídico.


Integrantes do Núcleo 3

  • Bernardo Romão Correa Netto
  • Cleverson Ney Magalhães
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
  • Fabrício Moreira de Bastos
  • Hélio Ferreira Lima
  • Márcio Nunes de Resende Júnior
  • Nilton Diniz Rodrigues
  • Rafael Martins de Oliveira
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
  • Wladimir Matos Soares, policial federal

A petição foi proposta pela defesa do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, um dos integrantes das Forças Especiais do Exército, que está preso preventivamente desde novembro de 2024. A Procuradoria-Geral da República (PGR) o identifica como um dos principais envolvidos na preparação do golpe institucionais.

No habeas corpus protocolado em 27 de agosto, os advogados de Ferreira Lima pedem não apenas a suspensão da ação, mas também a revogação de sua prisão preventiva, argumentando que o militar cumpriu todas as medidas cautelares e que sua detenção se baseia em “alegações genéricas”.

Desafios à Delação de Mauro Cid

O habeas corpus também levanta questões sobre a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A defesa argumenta que os depoimentos de Cid estão repletos de “contradições e mentiras”, sendo prestados sob pressão, o que comprometeria sua credibilidade e a imparcialidade do processo.

Entre os pontos destacados pela defesa estão:

  • Excesso de prazo na análise de recursos já apresentados, pendentes há mais de seis meses;
  • Falta de contemporaneidade nos fatos, que datam de 2022;
  • Desproporcionalidade da prisão preventiva;
  • Violação do devido processo legal.

Esses fatores, segundo os advogados, configuram um “constrangimento ilegal” contra Ferreira Lima.

Movimentos Correlatos

Mendonça também é relator de um mandado de segurança apresentado pela defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, também réu no núcleo 2. Este pedido visa adiar o julgamento e questiona a condução da ação pelo ministro Alexandre de Moraes, o relator do caso principal.

Ambos, Martins e Ferreira Lima, são acusados de associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Até o momento, André Mendonça não se manifestou sobre os pedidos apresentados. A expectativa é que o julgamento do núcleo principal, envolvendo Bolsonaro e outros sete acusados, inicie nesta terça-feira (2/9). Queremos saber sua opinião! O que você acha sobre a condução desse processo? Comente abaixo!

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