De acordo com informações do TechCrunch, essa estratégia visa fortalecer a indústria norte-americana e posicionar os Estados Unidos como líder na produção de semicondutores. Ao adquirir uma fatia de uma gigante do setor, a Casa Branca responde de forma contundente ao crescente avanço da China.

Desde agosto, as tensões aumentaram. Trump declarou em suas redes sociais que Tan estava “em grande conflito” e deveria renunciar. Esta crítica veio após preocupações levantadas pelo senador republicano Tom Cotton, que citou um caso envolvendo a Cadence Design, onde Tan atuou como CEO até 2021, destacando possíveis ligações com o Partido Comunista Chinês.
Diante dos questionamentos, Tan negou as acusações e tentou se alinhar com a Casa Branca. Nas semanas seguintes, após uma reunião com Trump, o tom do presidente mudou, elogiando o executivo e reconhecendo sua história de sucesso. Com isso, a compra das ações da Intel se tornou o último capítulo desse enredo intrigante.

Mesmo que o governo não tenha assento no conselho da Intel, sua influência nas decisões futuras da empresa está em ascensão. Embora essa ação tenha o potencial de melhorar a liquidez da Intel, ela não altera sua classificação de crédito, que já enfrenta desafios, nem alivia as preocupações relacionadas à divisão de fundição que, em julho, viu suas ações despencarem mesmo após resultados financeiros acima do esperado.

O envolvimento do governo com a Intel não é um caso isolado. Trump também tem se aproximado de outras empresas do setor, como a Nvidia, o que levanta questões sobre o impacto do governo na indústria privada. Críticos alertam para os riscos de um “capitalismo de Estado”, onde interesses públicos podem colidir com os privados, criando um ambiente de incerteza.

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