O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que as obras do túnel que conectará Santos e Guarujá devem começar no final deste ano. A construção será responsabilidade do grupo português Mota-Engil, que venceu o leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo.
Participando do leilão, o ministro destacou que essa obra não apenas promete gerar cerca de cinco mil empregos diretos, mas também transformará a mobilidade urbana na Baixada Santista. Segundo Costa Filho, o tempo médio de deslocamento entre Santos e Guarujá, que atualmente varia de 45 minutos a 1h15, poderá ser reduzido para apenas 3 a 5 minutos após a conclusão do túnel. Essa mudança significativa não apenas agilizaria o tráfego, mas também impulsionaria a logística local e fortaleceria o turismo.
O governo federal está em conversa com o governo de São Paulo para planejar um novo leilão destinado a obras no litoral paulista, com foco no Porto de São Sebastião. A expectativa é que esse leilão ocorra no primeiro trimestre de 2026, conforme afirmado pelo ministro.
Embora o projeto tenha recebido amplo apoio, o vice-presidente Geraldo Alckmin expressou críticas à proposta de privatização do Porto de Santos. Ele enfatizou que a construção do túnel é possível graças ao suporte da Autoridade Portuária, um órgão público essencial para a gestão do porto e suas operações. O ministro Márcio França também explicou que os recursos para a obra virão da própria Autoridade Portuária, e não da União.
Durante o leilão, a questão política foi mencionada, mas o governador Tarcísio de Freitas pediu que as divergências fossem deixadas de lado em prol dos interesses da população. Ele ressaltou que o projeto do túnel estava em estudo há mais de um século, celebrando o avanço que finalmente se concretiza. O ambiente do leilão foi marcado por um espírito de camaradagem, com Alckmin fazendo uma brincadeira sobre o estilo de conduzir as negociações.
Entretanto, não faltaram vozes discordantes. Moradores de uma comunidade de Santos realizaram um protesto do lado de fora do evento, manifestando preocupações sobre possíveis desapropriações para a construção do túnel. O governador Tarcísio se comprometeu a dialogar com a comunidade afetada, garantindo que ninguém será deixado para trás – “nenhuma família ficará sem uma casa”, assegurou. “Todos serão readequados para habitações iguais ou melhores na mesma região”.
Este é um momento de transformação para a Baixada Santista. O que você acha sobre o impacto que essa obra terá na região? Compartilhe sua opinião e participe da conversa!
