6 setembro, 2025
sábado, 6 setembro, 2025

Morte de universitário pode estar ligada a bando dos “cogumelos mágicos”

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está investigando um trágico incidente que envolve a morte de um jovem universitário de 19 anos, que caiu do oitavo andar de um prédio em Águas Claras, em junho. O caso está se entrelaçando com a desmantelamento de uma organização criminosa voltada à produção e distribuição de cogumelos alucinógenos, revelada nesta semana pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord).

Os investigadores suspeitam que o estudante possa ter consumido “cogumelos mágicos”, compostos por psilocibina, antes de sua fatal queda. A rede criminosa, com ramificações em seis estados e no Distrito Federal, movimentava impressionantes R$ 200 mil por dia.

No cerne da operação, dois universitários de Brasília foram presos preventivamente por manter uma linha de produção própria de cogumelos, cultivando diversas espécies em ambientes controlados. Esses produtos eram vendidos através de uma plataforma online que imitava grandes sites de e-commerce, com um catálogo completo, fotos de alta definição e diversas opções de pagamento, incluindo Pix e cartão de crédito.

As entregas eram cuidadosamente disfarçadas em embalagens discretas, enviadas por transportadoras e até pelos Correios, em um modelo que dificultava a detecção pelas autoridades. Paralelamente, o grupo mantinha um canal exclusivo no WhatsApp, onde os clientes compartilhavam suas experiências e dicas sobre o consumo durante festas de música eletrônica.

A investigação começou depois que a polícia monitorou um perfil no Instagram associado a uma empresa registrada no DF, que direcionava os interessados para a plataforma de vendas. À medida que a apuração avançava, os policiais notaram que a produção dos universitários não era suficiente para atender a uma demanda crescente, sugerindo a existência de um fornecedor oculto.

Através de um trabalho de inteligência, foi descoberto um centro de distribuição em Curitiba (PR), considerado o coração da operação. Este local funcionava em escala industrial, suprindo clientes de todo o país. Além disso, foram identificadas empresas de fachada no Paraná e em Santa Catarina, disfarçadas como comércios de alimentos, utilizadas para ocultar as atividades ilegais e lavar o dinheiro obtido.

Na manhã de quinta-feira, cerca de 150 policiais civis cumpriram 20 mandados de busca e apreensão, resultando em nove prisões preventivas em diversas cidades, como Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte. Durante a operação, foram confiscados computadores, celulares, documentos contábeis e dinheiro, além de materiais utilizados na produção dos cogumelos.

A operação revelou uma estrutura criminosa milionária, que unia produção avançada, logística eficiente e marketing digital agressivo. A plataforma atraía acessos de todo o Brasil, oferecendo facilidade de pagamento e entrega, dificultando assim o rastreamento por parte da polícia. As investigações continuam em busca de financistas e operadoras financeiras deste esquema.

  • 9 prisões preventivas decretadas
  • 20 mandados de busca e apreensão em 6 estados e no DF
  • Centro de distribuição descoberto em Curitiba (PR)
  • Universitários do DF presos por manter linha de produção própria
  • Esquema movimentava até R$ 200 mil por dia

Esse caso revela uma face assustadora do tráfico de drogas, mostrando o quanto a inovação pode estar ao serviço do crime. O que você acha sobre essa situação? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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