A Mota-Engil, em parceria com a China Communications Construction Company (CCCC), conquistou um marco importante ao vencer o leilão para a construção do inovador túnel que unirá Santos e Guarujá, cidades que se destacam no litoral paulista.
Realizado na B3, sede da Bolsa de Valores de São Paulo, o leilão contou com a presença de importantes autoridades, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o governador Tarcísio de Freitas. A competição foi acirrada, mas a proposta da Mota-Engil, que ofereceu um desconto de 0,50%, superou a da concorrente espanhola Acciona, que não apresentou redução em sua oferta.
Com um investimento total estimado em R$ 6,8 bilhões, o projeto recebeu um aporte público de até R$ 5,14 bilhões, a ser dividido igualmente entre os governos estadual e federal, com o restante sendo financiado pelo setor privado. A concessionária vencedora assumirá a responsabilidade pela construção, operação e manutenção do túnel ao longo de 30 anos.
O túnel não é apenas uma obra de infraestrutura, mas sim um avanço significativo para a mobilidade regional. Sua construção irá conectar Outeirinhos e Macuco, em Santos, ao bairro Vicente de Carvalho, em Guarujá, reduzindo o tempo de travessia para apenas cinco minutos, um alívio significativo para os mais de 21 mil veículos que atravessam diariamente, além de ciclistas e pedestres.
Entretanto, enquanto o leilão avançava, o protesto de uma comunidade local ecoava nas ruas. José Santaella, representante da Associação Comunitária do Macuco, levantou preocupações sobre desapropriações que afetarão cerca de 200 famílias. Ele expressou a necessidade de um processo de desapropriação que seja justo e ético.
Essa preocupação foi ainda mais intensificada quando o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitou um pedido do Ministério Público para suspender o leilão, alegando a falta de evidências concretas de irregularidades. O ministro Bruno Dantas classificou as acusações como baseadas em reportagens e ressaltou que não evidenciam falhas no edital.
O túnel Santos-Guarujá representará a maior obra do Novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e será a primeira travessia submersa do Brasil, com 1,5 quilômetro de extensão. A estrutura incluirá três faixas de rolamento, uma delas adaptada para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além de espaços para ciclistas e pedestres, simbolizando um passo rumo a um futuro mais sustentável e eficiente.
A construção desse túnel representa não apenas uma inovação em mobilidade, mas também uma oportunidade de transformar a economia local, impulsionando o turismo e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos. Juntos, sob a sombra dessa promessa, todos estão convidados a opinar: como você vê o impacto dessa obra em sua comunidade? Compartilhe seus pensamentos!