Nas movimentadas ruas de São Paulo, quase 5.000 patinetes têm se tornado parte do cotidiano, especialmente em bairros como Pinheiros e Vila Mariana. Esses veículos não são apenas uma forma de transporte; tornaram-se uma sensação, utilizadas em momentos que vão desde passeios românticos até voltas rápidas com nossos pets. No entanto, a fiscalização do uso dessas patinetes é um ponto fraco, e muitos usuários não respeitam as regras estabelecidas.
Após a suspensão do aluguel por conta da pandemia, a Prefeitura de São Paulo liberou o uso de patinetes em dezembro, impondo diretrizes como a circulação apenas em ciclovias, ciclofaixas e vias com limite de 40 km/h. É expressamente proibido usar as calçadas e andar em dupla, além de restrições para menores de 18 anos. Entretanto, a realidade nas ruas mostra que obedecer a essas regras não é a norma.
Usuários comentam que, apesar das proibições, muitos andam em calçadas e em duplas, desafiando a regulamentação com frequência. O casal Ketria Azevedo e Valdir Júnior, por exemplo, relata que foram incentivados por funcionários da empresa Jet a andarem juntos. “Ninguém nos diz nada, e a experiência é ótima”, revela Valdir, que além disso, cita a economia que os patinetes proporcionam em comparação ao andar a pé.
Quem também lança mão dessa nova opção de mobilidade é Paloma Marcondes Vieira, que leva sua cachorrinha, Charlote, em um sling enquanto passeia na Avenida Paulista. “A patinete é perfeita para evitar o trânsito, e ela adora”, afirma, embora tenha notado que as mudanças nos pontos de estacionamento dificultam seu uso no dia a dia.
A recente redução dos pontos de estacionamento pegou muitos usuários de surpresa. A administração municipal notificou a Jet, resultando na eliminação de várias estações. Com apenas um ponto de parada em áreas estratégicas, a presença da concorrente Whoosh tem sido predominante na região. Atualmente, as duas empresas somam quase 5.000 patinetes na cidade, mas as opções de estacionamento se tornaram escassas.
Analisando o perfil dos usuários, a Whoosh relata que seus clientes geralmente têm entre 25 e 45 anos, com um tempo médio de viagem de 15 minutos. Já a Jet observa um público mais jovem, de 18 a 35 anos, que utiliza o serviço principalmente durante a semana. Em contrapartida, o aumento de acidentes atrai atenção: 44 ocorrências foram registradas em 2023, em comparação com 14 no mesmo período do ano anterior, quando o aluguel ainda não estava disponível.
Por sua vez, as operadoras estão comprometidas com a segurança dos usuários. A prefeitura exige que as empresas adotem medidas como georreferenciamento e campanhas educativas. Ambas têm agido proativamente para garantir a segurança e zelar pelo cumprimento das regras, mas os desafios permanecem. Com penalidades em vigor, a Jet e a Whoosh estão continuamente monitorando o comportamento dos usuários e reforçando a necessidade de segurança.
Se você já experimentou a sensação de pilotar uma patinete em meio à agitação da cidade, compartilhe sua experiência nos comentários! Quais desafios você encontrou? Vamos conversar!