Um avanço surpreendente no tratamento de lesões medulares foi revelado em São Paulo: um medicamento inovador, chamado polilaminina, desenvolvido a partir de uma proteína extraída da placenta humana. Essa descoberta é fruto de 25 anos de meticulosas pesquisas lideradas pela bióloga Tatiana Coelho de Sampaio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O impacto dessa pesquisa pode ser monumental, oferecendo esperança real para muitos.
O que torna a polilaminina tão especial? Os pesquisadores descobriram que ela tem a capacidade de estimar neurônios maduros a rejuvenescem, promovendo a formação de novos axônios — as estruturas que transportam impulsos elétricos no corpo. Essa ação não só estimula a regeneração da medula espinhal, como transforma radicalmente a perspectiva sobre o que pode ser alcançado na medicina.

Os primeiros testes clínicos mostraram resultados promissores. O medicamento, desenvolvido em parceria com o laboratório brasileiro Cristália, já foi aplicado em pacientes. Entre os oito voluntários, estava Bruno Drummond de Freitas, um bancário de 31 anos que, após um acidente de trânsito, ficou tetraplégico. Ele recebeu a polilaminina 24 horas após o trauma e conta: “Em cinco meses, eu já estava completamente recuperado, posso até dançar!”.
Hawanna Cruz Ribeiro, uma atleta paralímpica de rugby, também participou do estudo. Após uma grave lesão em 2017, ela experimentou a polilaminina e relatou ter recuperado entre 60% a 70% do controle do tronco e devolução da sensibilidade. “Estou muito animada com minha evolução”, disse.
O neurocirurgião Marco Aurélio Brás de Lima, que fez parte da pesquisa, enfatiza a singularidade desse avanço: “Isso é inédito. Nenhum estudo anterior demonstrou algo assim.” Testes em animais mostraram resultados semelhantes, com cães e ratos recuperando movimentos em apenas 24 horas, um claro indicativo do potencial da polilaminina.

A produção do medicamento já começou, utilizando placentas doadas por mulheres saudáveis. O fundador do laboratório, Ogari Pacheco, não conteve a emoção ao declarar: “Hoje é um dia histórico para o mundo.” Contudo, a Anvisa ainda deve autorizar estudos clínicos ampliados em humanos, ressaltando a importância de garantir a segurança do processo.
O foco inicial do tratamento, caso autorizado, será em pacientes com lesão medular recente, até três meses após o trauma. Instituições de renome, como o Hospital das Clínicas, já estão preparadas para a implementação. Tatiana Sampaio, confiante, afirma: “Os resultados são promissores e espero continuar a fazer o meu melhor.”
Enquanto a jornada para a patente da polilaminina já começou, a expectativa é que essa descoberta se torne uma das mais significativas da medicina moderna. Embora os resultados possam variar, a aplicação precoce pode ser a chave para um futuro melhor. “Não estamos vendendo ilusões. Trazemos evidências de um avanço real”, completa Ogari Pacheco.
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