11 setembro, 2025
quinta-feira, 11 setembro, 2025

Brasil produzirá vacina contra vírus sincicial respiratório

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Uma nova era para a saúde no Brasil: o Ministério da Saúde acaba de anunciar uma parceria crucial entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer. O objetivo? Produzir nacionalmente a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, incluindo sérios quadros de bronquiolite.

A expectativa é que, até o final deste ano, 1,8 milhão de doses estejam disponíveis. Em fevereiro, a incorporação deste imunizante ao Sistema Único de Saúde (SUS) já havia sido confirmada, e a distribuição para gestantes e bebês começará na segunda quinzena de novembro.

Gestantes a partir da 28ª semana de gravidez serão imunizadas com uma única dose, permitindo a transferência de anticorpos essenciais para a proteção do bebê nos primeiros meses de vida, onde o risco de complicações pelo VSR é maior. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Ballalai, reitera a segurança das vacinas, afirmando: “Elas não causam má formação nem oferecem riscos à gravidez”.

Atualmente, o VSR é responsável por 80% das bronquiolites e 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos. Dados alarmantes indicam que a cada cinco crianças infectadas, uma busca atendimento ambulatorial, e uma em cada 50 acaba hospitalizada ainda no primeiro ano de vida. Anualmente, cerca de 20 mil bebês menores de um ano são internados no Brasil, sendo que os prematuros enfrentam um risco de mortalidade sete vezes maior que as crianças nascidas a termo.

“A vacina tem potencial para prevenir cerca de 28 mil internações por ano e beneficiará cerca de 2 milhões de recém-nascidos”, anunciou o comunicado.

Além do combate ao VSR, o Brasil também dará um passo importante na produção do natalizumabe, um medicamento biológico usado no tratamento da esclerose múltipla, por meio de uma parceria de desenvolvimento produtivo com a farmacêutica Sandoz. Essa transferência de tecnologia busca garantir o acesso dos pacientes a tratamentos eficazes, especialmente em tempos de vulnerabilidade.

“A necessidade de assegurar a soberania do SUS para o acesso a medicamentos é mais evidente do que nunca”, afirmou o Ministério da Saúde.

O natalizumabe é indicado para pacientes com a forma remitente-recorrente de alta atividade da doença, que representa 85% dos casos, e que não obtiveram resultados satisfatórios com outros tratamentos. Atualmente, ele está disponível no SUS desde 2020, mas apenas um fabricante possui registro no Brasil.

Esclerose múltipla, uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, atinge principalmente adultos jovens, com idades entre 18 e 55 anos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prolongar a qualidade de vida desses pacientes.

Estamos testemunhando um avanço significativo na saúde pública brasileira. O que você acha dessas inovações? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões sobre essas mudanças!

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