Na tarde decisiva de quinta-feira, 11 de setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniu com uma atmosfera tensa e expectante. Liderados pela ministra Cármen Lúcia, os ministros estavam prontos para decidir o destino do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, acusados de uma tentativa de golpe contra a vitória de Lula nas eleições de 2022. O julgamento havia sido retomado às 14h, após um voto controverso do ministro Luiz Fux, que divergiu dos colegas Alexandre de Moraes e Flávio Dino, criando um cenário polêmico.
Com um placar inicial de 2 a 1 favorável à condenação, a ministra Cármen Lúcia se tornava a chave para a definição do veredito. A condenação exigia apenas três dos cinco votos, e a expectativa era que ela se alinhasse a Moraes e Dino, potencialmente criando uma maioria de 4 a 1 contra Bolsonaro e outros réus. Mesmo que a maioria fosse alcançada, a definição das penas ocorreria apenas na sexta-feira seguinte, 12 de setembro, prolongando a agonia do julgamento.
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Na sessão anterior, Luiz Fux expôs seu voto durante mais de 12 horas, defendendo a absolvição da maioria dos réus, incluindo Jair Bolsonaro. Fux se opôs à perspectiva de condenação e argumentou sobre a suposta incompetência do STF para julgar o caso. Seu ponto de vista se”, tarema em grande parte às questões da defesa, além de manter a delação de Mauro Cid, apontado como delator do esquema.
Todos os oito réus enfrentam acusações de tentações contra a ordem democrática, enfrentando um rol de cinco crimes, que incluem organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A figura de Jair Bolsonaro é central, sendo apontado como o suposto líder do plano que visava desestabilizar o resultado eleitoral das últimas eleições.
A acusação, liderada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumenta que os réus, insatisfeitos com a derrota, tramaram para derrubar os princípios democráticos. Gonet afirma que a evidência de uma ruptura democrática foi solidamente estabelecida e que a retórica de Bolsonaro, que incitava a população a desconfiar das urnas eletrônicas, agrava ainda mais a situação.
“Está visto que, em vários momentos, houve a conclamação pública do então presidente da República para que não se utilizassem as urnas eletrônicas previstas na legislação, sob a ameaça de que as eleições não viessem a acontecer”, destacou Gonet.
A narrativa se intensifica à medida que os dias do julgamento se desenrolam. A sociedade brasileira observa atentamente, ansiosa por um desfecho que pode redefinir os contornos do futuro político do país. O que você pensa sobre o andamento deste caso? Compartilhe seu ponto de vista nos comentários!