O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.199/2025, estabelecendo a campanha Setembro Amarelo como uma ação anual em todo o Brasil para promover a saúde mental e a conscientização sobre a prevenção da automutilação e do suicídio.
Nasceu em 2014, uma mobilização que ansiava por um olhar mais atento em relação à saúde mental, e agora, com a nova legislação, essa iniciativa se transforma em uma política pública nacional. A campanha não é apenas um grito de alerta; é uma chamada à ação que visa salvar vidas.
Com o lançamento da campanha, é crucial informar a população sobre os riscos associados à automutilação e à ideação suicida, além de oferecer recursos de apoio e tratamento. Em um contexto alarmante, 16,8 mil óbitos por suicídio foram registrados no Brasil em 2023, de acordo com o Ministério da Saúde.
A nova lei institui o Dia Nacional de Prevenção do Suicídio em 10 de setembro e o Dia Nacional de Prevenção da Automutilação em 17 de setembro. A ideia é que essas datas sirvam como um ponto de partida para um diálogo aberto e sincero.
A campanha Setembro Amarelo, que começou em 2015, tem agora a condução de instituições como o Centro de Valorização da Vida (CVV) e a Associação Brasileira de Psiquiatria. Este ano, sob o lema “Conversar pode mudar vidas”, o foco está em reforçar o poder do diálogo como um meio crucial para acolher aqueles que sofrem em silêncio.
Recentemente, o Ministério do Trabalho e Emprego apresentou a Cartilha Amarela, que aborda a prevenção de assédio e suicídio no ambiente de trabalho. O documento identifica as principais vítimas de assédio moral, como mulheres e pessoas com deficiência, e alerta sobre o impacto negativo de práticas abusivas na saúde mental.
Entre os recursos de apoio que a sociedade pode acessar, destacam-se os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que oferecem suporte financeiro e emocional com uma equipe de profissionais dedicados. Além disso, o CVV está disponível 24 horas, podendo ser contatado pelo telefone 188 ou via chat.
O suicídio, ainda envolto em tabus, deve ser discutido abertamente. A Cartilha Amarela desmistifica várias crenças comuns, informando que falar sobre o assunto não aumenta o risco de suicídio; na verdade, pode ajudar a aliviar angústias e quebrar estigmas. Este é um componente vital de uma saúde pública mais abrangente.
As estatísticas são alarmantes: mais de 720 mil pessoas morrem por suicídio anualmente no mundo, sendo essa a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, o número de suicídios cresceu 66,47% em uma década, uma realidade que exige nossa atenção imediata. O compromisso nacional é reduzir essa trágica estatística em um terço até 2030.
A prevenção começa com a informação e a empatia. Conversar sobre saúde mental e suicídio é um passo fundamental para desmistificar o tema e oferecer suporte a quem precisa. Compartilhe sua opinião! Como você vê a evolução das discussões sobre saúde mental em nossa sociedade?