
Na noite fatídica de 20 de fevereiro, um desastre nas estradas de Nuporanga, interior de São Paulo, deixou um rastro de tragédia e dor. Um motorista de caminhão, Evandro Rogério Leite, de 51 anos, liderou uma colisão que vitimou 12 estudantes universitários da Universidade de Franca (Unifran). Agora, ele enfrenta uma sentença de cinco anos e nove meses de prisão em regime semiaberto, como resultado de uma responsabilização que ecoa não apenas Justiça, mas também a necessidade de reflexão sobre a segurança nas estradas.
A condenação se fundamentou na imprudência do motorista, que, segundo o tribunal, conduziu seu veículo em uma via inadequada para caminhões, desconsiderando os perigos existentes. O juiz Iuri Sverzut Bellesini, em sua sentença, enfatizou a negligência ao afirmar que o motorista não buscou uma rota mais segura, colocando em risco vidas que, até aquela noite, tinham sonhos e esperanças.
O colectivo, em um desvio forçado devido a obras na Rodovia Prefeito Fábio Talarico, trazia estudantes que retornavam para casa. A decisão de mudar a rota não previa o caos que estava prestes a ocorrer. Ao perder o controle do caminhão, Evandro invadiu a pista contrária, resultando em um impacto devastador.
- Data do acidente: 20 de fevereiro.
- Horário: 22h55.
- Local: Rodovia Waldir Canevari, a 17 km de Nuporanga.
- Vítimas: 12 estudantes, todos da Unifran.
Após o acidente, o motorista fugiu, escondendo-se em um canavial. Quando se entregou, encontrava-se em estado de choque e ferido. Em sua defesa, alegou ter agido por medo de represálias, mas a versão foi rejeitada pelo tribunal, que destacou a irresponsabilidade do ato de deixar a cena do crime.
A sentença não só o condenou pelo homicídio culposo de 12 vidas, mas também por lesões causadas a outros três passageiros. Sua habilitação foi suspensa por sete meses, e a possibilidade de recurso à decisão permanece.
A narrativa do motorista, afirmando que desviou de um buraco, também levantou discussões sobre a manutenção das vias e a responsabilidade compartilhada. À medida que o caso avança, a sociedade é convidada a refletir sobre o que realmente significa dirigir com responsabilidade e como decisões apressadas podem mudar ou acabar vidas.
À luz dessa tragédia, lembramos as vítimas. Cada uma delas tinha sonhos que, tragicamente, foram interrompidos. Não podemos esquecer seus nomes:
- Caio Felizardo da Silva (psicologia)
- Flávia Mendes dos Santos (química)
- Hugo dos Santos Aliberte Dias (análise de sistemas)
- João Pedro de Oliveira dos Reis (arquitetura)
- Juliana Neves Hespanhol (administração)
- Lívia Tavares Luiz (enfermagem)
- Mariana Anastácio de Oliveira (biomedicina)
- Matheus Jesus Eugênio dos Santos (engenharia elétrica)
- Otávio Costa Oliveira (ciência da computação)
- Pedro Henrique Souza Saraiva (computação)
- Raquel Laila Caldeira (administração)
- Vinicius Nascimento dos Santos (administração)
Como sociedade, o que podemos aprender com essa tragédia? A segurança no trânsito deve ser uma prioridade. Sua opinião é essencial. Compartilhe suas reflexões sobre este tema e como podemos, juntos, fazer a diferença nas nossas estradas.