
Em meio a um cenário de crescente tensão no Oriente Médio, as palavras de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, ecoaram com força ao direcionar uma acusação nada comum ao governo espanhol. Ele afirmou que Pedro Sánchez incitou um genocídio contra Israel, levantando uma onda de indignação em Madri. A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, não hesitou em responder: “Fico surpresa que alguém como Netanyahu, que comete atrocidades em Gaza e viola normas de direito humanitário, tenha a audácia de dar lições a outros países”.
O conflito ganhou novos contornos após o anúncio de Sánchez, que, na tentativa de “deter o genocídio em Gaza”, expressou sua intenção de aumentar a pressão sobre o governo israelense. Em uma declaração contundente, ele observou a impotência da Espanha em interromper a ofensiva israelense, enfatizando: “Sozinhos não podemos deter, mas isso não significa que deixaremos de tentar”.
A resposta de Netanyahu, publicada nas redes sociais, foi imediata e incendiária. Ele alegou que as palavras de Sánchez configuravam uma “ameaça genocida” ao Estado judeu. No entanto, a diplomacia espanhola não ficou em silêncio. O Ministério das Relações Exteriores reiterou que “o povo espanhol é amigo do povo de Israel e do povo da Palestina”, desqualificando as acusações como “falsas e caluniosas”.
Essa troca de acusações ocorreu em um contexto de relações deterioradas. Desde o reconhecimento do Estado da Palestina pelo governo espanhol em maio de 2024, as tensões aumentaram. Sánchez já havia convocado sua embaixadora em Tel Aviv para consultas, deixando claro que a Espanha está disposta a se posicionar firmemente mesmo diante da pressão internacional.
À medida que a situação prossegue, as vozes críticas à operação militar de Israel em Gaza se intensificam, tornando a posição da Espanha uma das mais destacadas na cena europeia. O que acontecerá a seguir? O diálogo será capaz de encontrar um terreno comum? Compartilhe sua visão nos comentários e diga o que você pensa sobre essa escalada de tensões.