A tensão no Congresso Nacional está prestes a atingir um novo patamar. Parlamentares da base do governo Lula estão armando um verdadeiro arsenal para complicar a vida de um ex-ministro da gestão Bolsonaro na CPMI do INSS. O foco da investida é Onyx Lorenzoni (PL-RS), ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social, que se prepara para um depoimento crucial na próxima semana.
Os governistas veem essa oportunidade como um momento decisivo para expor a suposta escalada de descontos irregulares em aposentadorias durante a administração de Jair Bolsonaro. Além disso, pretendem apresentar documentos que sugerem que Lorenzoni mantinha vínculos com associações envolvidas em fraudes.
Uma das revelações mais bombásticas, que já circulam nos bastidores, é que o ex-ministro recebeu doações de Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, entidade investigada no esquema que ficou conhecido como “farra do INSS”. Essas conexões podem se transformar em um forte argumento contra ele durante os debates na CPMI.
O escândalo do INSS tomou corpo após uma série de reportagens publicadas pelo Metrópoles, a partir de dezembro de 2023, que desvendaram um complexo esquema de descontos irregulares que afetaram aposentados. As investigações resultaram em um inquérito pela Polícia Federal e alimentaram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).
Em um desdobramento explosivo, 38 matérias do Metrópoles foram citadas na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada em abril, culminando na demissão do ministro da Previdência, Carlos Lup (PDT). O clima está tenso e as próximas semanas prometem revelações ainda mais impactantes.
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