14 setembro, 2025
domingo, 14 setembro, 2025

Tráfico de pessoas: vítimas tinham que posar para “book” sensual

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As sombras do tráfico de pessoas e da exploração sexual ganham vida em uma nova investigação que desvela uma organização criminosa com braços internacionais. O esquemático planejamento inclui ensaios sensuais realizados antes mesmo de as vítimas deixarem o Brasil, fundamentais para anúncios online que vendem sonhos, mas entregam pesadelos.

Conforme revelado pelos investigadores, cada mulher que cruzava fronteiras não apenas buscava uma nova vida, mas também carregava uma dívida. Cobrado pelo “book” sensual, esse valor se tornava uma corrente invisível, ligando-as a seus algozes. A operação Cassandra, realizada em cooperação com a Garda National Protective Services Bureau da Irlanda, expõe a dureza da realidade enfrentada por essas mulheres.

Desde 2017, o grupo operava no tráfico internacional, enquanto limpava seu dinheiro sujo através de agências de viagem. Essas empresas não apenas emitiram passagens, mas também encobriram atividades ilícitas, promovendo um ciclo vicioso de opressão. Oito países, incluindo Irlanda, Reino Unido e Arábia Saudita, foram cenários da tristeza que essas mulheres enfrentaram, muitas das quais eram enganadas com promessas de empregos dignos.

Jornadas de trabalho desgastantes, com até dez “programas” em uma única noite. As vítimas, muitas vezes à mercê de seus captadores, mal podiam imaginar as condições que as aguardavam. O trabalho do Ministério Público Federal (MPF), juntamente com diversas unidades de combate ao crime organizado, é um confronto direto contra essa rede opressora.

O resultado dessa investigação expõe números alarmantes: 70 mulheres foram identificadas em diferentes nações. Com um faturamento mensal estimado em R$ 700 mil, o grupo escondia sua fortuna em empresas de fachada e investimentos obscuros. Na Irlanda, essas mulheres foram submetidas a condições degradantes, sob o controle do líder da organização, agora preso.

A operação levou a prisões preventivas e buscas em Santa Catarina, onde foram apreendidos 30 mandados em residências e empresas envolvidas. Para romper esse ciclo de exploração, medidas cautelares foram impostas, incluindo o bloqueio de bens e o controle de passaportes. O MPF se estabelece como um baluarte no enfrentamento da exploração humana.

Este caso retrata não apenas a luta contra o crime organizado, mas também um grito por justiça e dignidade. É hora de refletir sobre a gravidade do tráfico de pessoas e sua repercussão mundial. Como sociedade, devemos nos unir e agir contra esse mal. Compartilhe sua opinião e faça parte dessa luta.

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