15 setembro, 2025
segunda-feira, 15 setembro, 2025

Prefeito demite 90 servidores e culpa aniversário de município

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EM MASSA

Gestão do município de Conde diz que exonerações são parte de medida emergencial para reequilibrar contas

Rodrigo Tardio

Prefeito do Conde, Anísio Madeirol (União Brasil)

Prefeito do Conde, Anísio Madeirol (União Brasil) –

A situação no município de Conde, no litoral da Bahia, está marcada por tensão e incerteza. Após o prefeito Anísio Madeirol (União Brasil) realizar demissões em massa em várias secretarias, os sentimentos de angústia e apreensão tomaram conta dos servidores públicos. Aproximadamente 90 trabalhadores foram exonerados, uma decisão que desencadeou preocupações na comunidade local.

A gestão municipal justificou essas exonerações como uma medida emergencial para reequilibrar as contas, especialmente após os altos gastos decorrentes das celebrações do aniversário da cidade em agosto. Muitos dos demitidos eram profissionais contratados recentemente, o que agrava ainda mais a situação. Além disso, rumores indicam que uma recontratação dos exonerados pode ocorrer após três meses, deixando os trabalhadores em uma situação de insegurança quanto ao futuro.

A consequência dessa medida é alarmante: a perda de renda pode afetar a economia local de forma significativa. Ao mesmo tempo, a situação financeiro-administrativa do município é preocupante; Conde figura como inadimplente no sistema eletrônico do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (e-TCM), o que levanta sérias questões sobre a gestão das contas públicas.

Anísio Madeirol, que assumiu em 2024, já enfrentou diversas acusações, incluindo fraudes em licitações e falta de transparência. A inclusão do seu nome na lista de gestores com pendências no e-TCM enfatiza a gravidade da situação. Tal inadimplência pode acarretar restrições significativas na capacidade do município de firmar convênios e acessar recursos essenciais para a população.

Recentemente, o município abriu uma licitação de quase R$ 10 milhões para a contratação de uma empresa responsável pela coleta de lixo em várias áreas, incluindo a sede e distritos. Essa licitação representa mais de 70% da receita própria do município, o que levanta sérias dúvidas sobre a viabilidade econômica desta decisão.

A reportagem ainda aguarda uma posição oficial da Prefeitura do Conde quanto às preocupações e questionamentos gerados por essas medidas drásticas. A situação exige atenção, e a participação da comunidade é fundamental para que as vozes dos trabalhadores e cidadãos sejam ouvidas.

Compartilhe suas opiniões e experiências sobre a realidade do município. A sua voz pode ajudar a construir um futuro melhor.

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