Os ventos da tensão entre Brasil e Estados Unidos sopram forte. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou que, em pouco tempo, novas medidas serão reveladas em resposta à recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre uma sentença de 27 anos por ter supostamente arquitetado um golpe de Estado. Esse evento não apenas marca um momento turbulento na política brasileira, mas também acende um alerta nas relações diplomáticas globais.
Em uma entrevista à Fox News, Rubio expressou preocupação com o que chamou de “deterioração do Estado de Direito” no Brasil. Ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por, segundo ele, conduzir uma “campanha de opressão” contra vozes dissidentes e empresas americanas, mencionando especificamente o ministro Alexandre de Moraes sem citar seu nome. A indignação de Rubio reflete um clima tenso onde a justiça e a política se entrelaçam de maneira preocupante, levantando questões sobre a autonomia judicial e a liberdade de expressão.
“Nós temos um juiz ativista que não só persegue Bolsonaro, mas também tenta impor reivindicações extraterritoriais contra cidadãos americanos,” disse Rubio, deixando claro que a Casa Branca não ficará inerte diante dessa situação. As repercussões disso podem incluir a revogação de novos vistos e sanções financeiras à esposa de Moraes, Viviane Barci, aplicadas sob a Lei Magnitsky. Além disso, tarifas adicionais sobre produtos brasileiros estão em discussão, sinalizando um potencial endurecimento nas relações comerciais.
A Casa Branca também se manifestou, com a porta-voz Karoline Leavitt compartilhando um artigo do Wall Street Journal que critica a Justiça brasileira, acusando-a de praticar “lawfare” — uma expressão que descreve a utilização de processos judiciais como instrumentos de perseguição política. A Embaixada dos EUA em Brasília, por sua vez, lembrou um decreto assinado por Donald Trump, que permite sanções a países envolvidos em prisões injustas. Este conjunto de ações evidencia um clima de incerteza nas relações internacionais e uma vigilância crescente sobre o que acontece nos bastidores da política brasileira.
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