Na vanguarda de um movimento que clama por justiça e soberania nacional, Edinho Silva, presidente nacional do PT, não hesitou ao caracterizar Donald Trump como o “maior líder fascista do século 21”. Sua declaração ressoou forte durante um ato em São Paulo, na última segunda-feira, que buscava manter viva a chama da democracia em tempos desafiadores. Para Silva, a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão, por seu papel em tentativas de desestabilização do país, é uma vitória significativa, mas o verdadeiro antagonista a ser derrotado permanece o fascismo.
O evento ocorreu no Teatro Tuca, da PUC-SP, e reuniu diversas vozes unidas em defesa da democracia. Sob o tema “Em Defesa da Democracia e da Soberania Nacional”, líderes políticos, representantes da sociedade civil, artistas, intelectuais e juristas se encontraram para discutir a urgência de um posicionamento coeso contra a ascensão do autoritarismo. O vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Wellington Dias representaram o governo, evidenciando a preocupação compartilhada por figuras de diferentes espectros políticos.
Entre os discursos, destacou-se a ideia de que o campo democrático deve se unir para conter a influência do bolsonarismo, especialmente nas próximas eleições do Senado em 2026. José Dirceu, ex-ministro e potencial candidato a deputado federal, enfatizou a necessidade de um Congresso fortalecido com uma frente ampla que evite a fragmentação. “Vamos mudar o Congresso Nacional em 2026”, declarou.
Os organizadores do movimento, como o sociólogo Fernando Guimarães, destacaram a importância de um pacto entre as diversas siglas para assegurar uma forte competição política. O evento não só ressaltou a condenação de Bolsonaro, mas reafirmou um repúdio a tentativas estrangeiras de influenciar os assuntos nacionais e convocou a sociedade para uma unidade em prol dos valores democráticos.
Em tempos de incerteza e crise, Guimarães sublinhou a importância de unir vozes em torno de princípios fundamentais: “soberania popular, justiça social, desenvolvimento sustentável e autodeterminação dos povos”. O futuro da democracia brasileira está em jogo, e cada voz conta nesta batalha pela liberdade e justiça.