Em um ato emocionante realizado no Teatro Tuca, em São Paulo, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), utilizou sua plataforma para criticar abertamente o governo anterior de Jair Bolsonaro (PL) e destacar as diferenças cruciais com a gestão atual. Durante sua fala, Alckmin lançou um olhar sobre a economia brasileira, enfatizando que, enquanto hoje se debate a possibilidade de um déficit primário zero, sob a liderança de Paulo Guedes, o Brasil enfrentou quase 10% de déficit.
“O Brasil gastou 10% a mais do PIB sem pagar dívidas. A Covid afetou o mundo, mas outros países conseguiram equilibrar suas contas, enquanto nós enfrentamos um déficit de 9,8%”, declarou Alckmin, contrastando números que falam por si mesmos. O evento, organizado pelo grupo Direitos Já pela Democracia, congregou uma diversidade de vozes, desde artistas a líderes religiosos, em um esforço conjunto em defesa da soberania nacional.
Alckmin não hesitou em abordar questões sensíveis, como a condução da saúde pública durante a pandemia. “Negar a ciência trouxe consequências devastadoras. O Brasil, com apenas 3% da população global, registrou 10,5% das mortes por Covid”, afirmou, enquanto o público absorvia a gravidade de suas palavras. Essa lembrança crítica não parou por aí; também ressaltou as tentativas de golpe e a desinformação disseminada pelo ex-presidente, um tema pertinente à discussão sobre democracia.
Com o tema “Em Defesa da Democracia e da Soberania Nacional”, o evento uniu diferentes partidos em um clamor pela unidade em tempos de incerteza política. Ex-ministros e figuras proeminentes do PSol, PT, MDB, e PSDB aportaram suas vozes ao debate, solidificando a ideia de um pacto que visa evitar a fragmentação das vagas no Senado nas próximas eleições. A necessidade de uma frente democrática mais unificada se tornou um dos focos centrais.
“Vamos mudar o Congresso Nacional em 2026”, afirmou o ex-ministro José Dirceu (PT), que está se preparando para se candidatar novamente.
Fernando Guimarães, coordenador do grupo Direitos Já, propôs uma mobilização em torno de um pacto estratégico para fortalecer a democracia brasileira. Sua mensagem ressoou: é necessário repelir tentativas externas de interferência e consolidar uma unidade nacional em defesa dos valores democráticos e republicanos.
Em tempos de reconstrução institucional e diante de ameaças à democracia, é fundamental unir vozes em princípios como a soberania popular e a justiça social. Este encontro foi, sem dúvida, mais do que um ato; foi um chamado à ação e à reflexão sobre o futuro do Brasil. O que você pensa sobre as propostas discutidas? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!