16 setembro, 2025
terça-feira, 16 setembro, 2025

Voadoras, socos e chutes: escolas do DF têm 730 casos de briga em 2025

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Adolescente esfaqueado no Riacho Fundo II (DF)
Nos últimos dias, o Distrito Federal foi abalado por dois incidentes alarmantes em escolas que expuseram a crescente preocupação com a violência entre jovens. No dia 9 de setembro, um estudante foi brutalmente atacado por colegas encapuzados em frente ao Colégio Rogacionista, no Guará 2, resultando em sua perda de consciência. Apenas uma semana antes, outro adolescente de 13 anos foi esfaqueado após as aulas em Riacho Fundo II, gerando um clima de insegurança que não pode ser ignorado.

As estatísticas não mentem: de janeiro a agosto deste ano, a Polícia Militar registrou 730 ocorrências de brigas e agressões em escolas e em seus arredores. A mãe do jovem que ficou desacordado revelou que a briga parecia estar programada, uma armadilha onde seu filho, ao tentar defender um amigo, acabou se ferindo gravemente. “Os meninos que se enfrentaram estavam preparados, chamando reforços para a luta”, comentou.

A crueldade foi acentuada pelo fato de que os agressores usavam faixas de lutadores, um sinal claro de premeditação. Após a agressão, eles foram rapidamente localizados e levados à Delegacia da Criança e do Adolescente, além de serem expulsos da escola. No caso do adolescente esfaqueado, a cena da violência ocorreu em frente a uma padaria e o responsável pela facada ainda permanece não identificado.

A educadora Priscilla Montes nos lembra que para desmantelar esse ciclo de agressão, precisamos olhar para além dos atos em si. As emoções, as pressões externas e a falta de apoio no ambiente escolar são fatores cruciais. “A violência muitas vezes esconde dificuldades emocionais que precisam ser abordadas. O papel do educador não é apenas disciplinar, mas também mediar e promover o diálogo”, ressalta.

Ela enfatiza que momentos como recreios e saídas de escolas demandam a supervisão ativa da coordenação. A ausência de comunicação clara e regras de convivência pode amplificar as tensões entre os alunos. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, confirmou que um ambiente que prioriza a cooperação e o respeito às diferenças tende a reduzir as ocorrências de violência. “Embora tenhamos visto uma queda de 1.023 casos para 730, ainda temos um longo caminho pela frente”, disse com preocupação.

Esses episódios nos lembram da urgência em transformar nosso ambiente escolar em um espaço seguro e acolhedor. O que você acha que poderia ser feito para melhorar a segurança nas escolas? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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