Em 2024/2025, o Brasil alcançou um recorde histórico em sua produção de grãos, e as perspectivas para a safra seguinte prometem até superar esse feito. A 13ª edição da pesquisa “Perspectivas para a Agropecuária 2025/2026”, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), revela que o volume total a ser colhido poderá atingir impressionantes 353,8 milhões de toneladas, um aumento de 1% em relação às 350,2 milhões de toneladas da temporada anterior.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, destacou o orgulho de anunciar a maior safra da história e agora traz à tona as expectativas promissoras para o próximo ciclo. No próximo dia 14 de outubro, a Conab apresentará o primeiro dos 12 levantamentos para esta safra, abrindo portas para um novo recorde.
A expansão da área cultivada será um dos principais fatores que impulsionarão esse crescimento, passando de 81,74 milhões de hectares na última safra para 84,24 milhões de hectares na próxima. A produtividade média, no entanto, está projetada em 4.199 quilos por hectare, uma redução de 2% em comparação ao ano anterior. Apesar da abordagem conservadora da Conab, a credibilidade dos números vem crescendo, refletindo um compromisso com a responsabilidade e a precisão.
O setor de soja, vital para a agricultura brasileira, deve ter um aumento na produção de 3,6%, atingindo 177,67 milhões de toneladas após a colheita de 171,47 milhões na última safra. Este crescimento será impulsionado pela demanda global crescente.
Já o algodão se beneficiará de boas margens e vendas antecipadas, projetando um crescimento de 3,5% na área cultivada e uma produção recorde de 4,09 milhões de toneladas, com um aumento modesto de 0,7% em relação ao ciclo anterior.
No que tange ao milho, a expectativa é de uma leve queda na produção, com uma projeção de 138,3 milhões de toneladas. Apesar do aumento na área cultivada, a produtividade deverá ser impactada pela excepcional colheita anterior, refletindo as mudanças no consumo interno e as dinâmicas de mercado global.
A safra de arroz enfrentará desafios, com uma retração prevista na área cultivada de 1,76 milhões de hectares para 1,66 milhões de hectares, resultante de um excesso de oferta que afetou a valorização do grão. A produção de feijão deve se manter estável em torno de 3,1 milhões de toneladas, garantindo o abastecimento nacional.
Mesmo diante de um cenário global desafiador, a ministra substituta do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, expressou otimismo. “A nossa agricultura segue triunfante, produzindo alimentos para o Brasil e para o mundo, mesmo em meio a mudanças climáticas e crises econômicas,” afirmou.
O Brasil, portanto, está em uma trajetória de crescimento agrícola, com a implementação de estratégias que visam não apenas a manutenção dos mercados, mas também a exploração de novas oportunidades internacionais, garantindo uma produção cada vez mais sustentável.