20 setembro, 2025
sábado, 20 setembro, 2025

Justiça manda abrir teia de fundos da Faria Lima e apavora empresários

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No coração de Goiás, a controvérsia envolvendo a família de Lélio Carneiro, que outrora dominava o setor de serviços terceirizados, ganhou contornos dramáticos. A falência de seu império empresarial não foi o fim de sua história, mas o início de uma batalha judicial para proteger o patrimônio da família contra credores, desvelando uma teia intricada de investimentos e práticas suspeitas.

Recentemente, juízes em diferentes processos decidiram investigar uma rede de fundos de investimento na Faria Lima, que levanta dúvidas sobre o uso dessas contas para esconder ativos. O Metrópoles revelou que a Justiça já reconheceu tentativas de ocultação de bens pelos Carneiro, enquanto a resistência das administradoras de fundos em revelar informações sobre os beneficiários finais destaca a complexidade deste quebra-cabeça financeiro.

O escândalo se intensificou quando o Metrópoles rastreou 177 fundos, somando R$ 55 bilhões, sem auditorias adequadas. Dentre eles, 68 são de propriedade exclusiva de outros fundos, criando camadas múltiplas que dificultam a identificação dos verdadeiros donos dos recursos. A Polícia Federal agora investiga essa situação, que pode estar entrelaçada ao crime organizado.

No caso específico do Grupo Coral, a União detectou uma série de fundos em busca de R$ 250 milhões em impostos. Os Carneiro, que possuem diversas empresas de serviços, têm enfrentado a Justiça desde a falência decretada em 2015. O grupo ganhou notoriedade após a gestão de uma de suas empresas ser vinculada a um massacre em um presídio em Manaus.

Em meio a esses problemas, Lélio Carneiro Junior, atual líder do grupo, propôs um investimento de R$ 500 milhões no clube de futebol Vila Nova-GO. No entanto, nos bastidores, a Justiça descobriu uma fortuna preocupante ligada à família, escondida em uma rede complexa de fundos e empresas, bloqueando ativos para quitar dívidas com a União.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional elaborou infográficos para explicar a movimentação do dinheiro, revelando uma organização societária que evidencia estratégias para ocultar a participação dos Carneiro em diversas emissões de dívida. Apesar da pressão judicial, a administradora de fundos, Reag Investimentos, continua a resistir em divulgar os cotistas dos fundos, alegando que tal informação violaria os direitos dos investidores.

A Reag, que se tornou alvo de investigações por ligações com o crime organizado no setor de combustíveis, nega qualquer envolvimento com atividades ilícitas e afirma sua conformidade com as normas do mercado financeiro. Em um momento crítico de sua trajetória, ela anunciou que continuará a operar com ética e transparência, colaborando com as autoridades e buscando um ambiente financeiro saudável.

E você, o que pensa sobre essa complexa trama de ocultação e suas repercussões no mercado financeiro? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão intrigante!

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