Em um desdobramento marcante no cenário político e legal dos Estados Unidos, um juiz federal da Flórida tomou uma decisão significativa ao rejeitar a ação de US$ 15 bilhões, movida pelo ex-presidente Donald Trump contra o The New York Times. O documento, extenso e repleto de acusativos, foi considerado “inapropriado e inadmissível” pelo magistrado Steven Merryday, que enfatizou que a queixa extrapolava os limites processuais da justiça.
Merryday, indicado por George H.W. Bush, argumentou que a ação judicial deveria ser clara e concisa, destacando que “não é um fórum para insultos ou desabafos contra adversários”. Em resposta ao resultado, o New York Times expressou alívio, afirmando que o juiz rapidamente identificou que a queixa era mais uma peça política do que uma verdadeira demanda judicial.
Este caso representa mais um capítulo da intensa campanha de Trump contra a mídia. Desde seu retorno à presidência, ele tem desferido ataques constantes aos veículos de comunicação, restringindo o acesso da imprensa e movendo ações judiciais bilionárias a fim de calar críticas. Recentemente, a emissora ABC, parte do grupo Disney, foi pressionada a suspender o programa de Jimmy Kimmel, em resposta a comentários desfavoráveis que ele fez sobre um influenciador conservador.
Na ação, Trump alegou que o New York Times havia perpetuado um “padrão de décadas” de “malícia” e “falsidades”. Além do periódico, ele incluiu no processo quatro jornalistas e a editora Penguin Random House, responsável por um livro sobre a origem de sua fortuna.
Vale ressaltar que, apesar da robusta proteção da liberdade de imprensa nos EUA, Trump já conquistou algumas vitórias em disputas judiciais contra outras empresas, como a ABC e CBS, que optaram por indenizações milionárias para evitar prolongar os litígios. Essa tática de Trump nos tribunais destaca a complexa relação entre a liberdade de expressão, a crítica à imprensa e os limites da política e da Justiça nos Estados Unidos.
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