No coração da França, um movimento se intensificou e, em 22 de setembro de 2025, mais de cinquenta prefeituras, a maioria sob administração de partidos de esquerda, hastearam a bandeira palestina em um gesto audacioso de apoio ao reconhecimento do Estado palestino. Essa manifestação ocorreu em meio a um cenário delicado, uma vez que o governo nacional havia advertido sobre os riscos de tensões internas e distúrbios ao pleitear a neutralidade do serviço público.
Em Saint-Denis, uma das primeiras cidades a aderir, o líder socialista Olivier Faure presidiu o ato, ressaltando que tal gesto simboliza a urgência de buscar uma solução de dois Estados. Acompanhando esta onda de apoio, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, optou por uma abordagem diferente. Ao invés de participar ativamente da campanha, ela iluminou a Torre Eiffel com as bandeiras de Israel e da Palestina, impresso como um símbolo de paz nas noites da capital.
Entretanto, o clima de solidariedade encontrou resistência. O Ministério do Interior, liderado pelo conservador Bruno Retailleau, enviou diretrizes claras, pedindo que os prefeitos não participassem da ação e alertando sobre a possível importação do conflito ao solo francês. A Justiça já interveio em alguns casos comparáveis, como em Malakoff, onde a prefeita comunista Jacqueline Belhomme recebeu multas diárias por insistir em manter a bandeira palestina hasteada, mesmo após ordens contrárias.
Esse gesto evocou lembranças de outras controvérsias políticas, como a exibição de bandeiras ucranianas em apoio à resistência contra a Rússia em 2022, e as polêmicas envolvendo a retirada de bandeiras de Israel em Nice, após os ataques do Hamas no ano seguinte. A França, uma nação marcada pela diversidade de opiniões, agora se vê em um junção de tensões e solidariedade que desafiam os limites da política e da paz.
Como o futuro deste debate se desenrolará nas ruas francesas e na arena internacional? Sua voz é crucial—participe da conversa nos comentários! O que você pensa sobre essa ousada manifestação de apoio ao povo palestino e seus desdobramentos?