O cenário político no Brasil ganhou novos contornos com a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que rejeitou a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para liderar a oposição na Casa. Essa notícia veio à tona no Diário Oficial da Câmara, logo após a oposição ter anunciado a proposta para a função.
O parecer de Motta deixou claro que a ausência do deputado do país foi um fator decisivo: “Evidencia-se a incompatibilidade do exercício da Liderança da Minoria na Câmara dos Deputados pelo Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, visto que se encontrar ausente do território nacional.” Eduardo, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, solicitou uma licença do mandato em março, mas o período permitido para essa ausência se encerrou em julho.
Com 18 faltas em 32 sessões, Eduardo está em situação crítica. Um parlamentar não pode ter mais de um terço de ausências não justificadas; ele acumula já mais da metade desse limite. A indicação para a liderança da minoria visava contornar essa perda iminente de mandato, permitindo que continuasse sua atuação mesmo à distância.
A situação se complica ainda mais com a abertura de um processo disciplinar contra Eduardo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. A reunião marcada para o dia 23 inclui não apenas a abordagem das faltas, mas também as denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por coação. Eduardo, ao lado do jornalista Paulo Figueiredo, é acusado de tentar interferir em processos judiciais que poderiam beneficiar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
As pressões aumentam: O Conselho de Ética já tem quatro representações contra ele, embora apenas uma esteja em pauta neste momento. O pedido em questão, apresentado pela bancada do PT, visa investigar possíveis infrações e a possível perda de mandato.
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