24 setembro, 2025
quarta-feira, 24 setembro, 2025

Na vida de Bolsonaro, o pior dos dias é qualquer dia

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Na manhã fatídica de 18 de julho de 2025, Bolsonaro experimentou a amarga realidade de sua primeira prisão domiciliar. Mesmo com a permissão de sair entre 6 da manhã e 7 da noite, ele se viu algemado a uma tornozeleira eletrônica, simbolizando uma profunda humilhação. Mas o pior ainda estava por vir.

Na segunda-feira, 4 de agosto, a Justiça agiu com firmeza: Bolsonaro foi impedido de acessar redes sociais e de frequentar as ruas, exceto em situações médicas ou para participar de um julgamento. Contudo, ele não compareceu. Um silêncio ensurdecedor, prenúncio de dias sombrios.

O dia 7 de setembro trouxe um sopro de esperança. Na Avenida Paulista, 42 mil pessoas, lideradas por figuras influentes como o pastor Silas Malafaia e o governador Tarcísio de Freitas, clamaram por sua anistia e atacaram o Supremo Tribunal Federal. Mas essa luz apagou rapidamente com a pesada condenação recebida em 11 de setembro: 27 anos e três meses em regime fechado. Uma pena que o tornaria inelegível até quase os 80 anos, sem promessas de anistia.

No último domingo, 22 de setembro, outro golpe: a esquerda resurgiu, ocupando as ruas do país e reivindicando o discurso contra a corrupção – um estigma que Bolsonaro jamais imaginou que teria que encarar. O contraste entre a sua decadência e o renascimento da oposição era indiscutível.

E, como se não bastasse, no dia 23, o que ninguém poderia prever: Donald Trump, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, ignorou por completo o ex-presidente brasileiro. Ao contrário, trocou abraços com Lula, um gesto que faria qualquer um lembrar da desilusão que Bolsonaro experimentou em sua própria época de glória. A lenda não só caiu; sua ausência foi sentida.

Cavaleiros da direita agora buscam um novo líder, cientes de que depender da figura que ainda ecoa em palanques não é uma opção segura. Apesar de sua influência, o medo da rejeição que Bolsonaro carrega como fardo é palpável. O que antes era sua fortaleza se tornou um estigma.

O antigo aliado Trump, que representava a última esperança, agora parece uma recordação distante. Os dias à frente se definem pelo lamento e pela perda, enquanto Bolsonaro se vê cercado por um cenário de incerteza cada vez maior.

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